Em tempos de isolamento social que objetiva conter a pandemia de Covid-19 no país, os montes-clarenses vêm enfrentando, além do medo da doença e do estresse da quarentena, preços abusivos nos supermercados, em especial, cobrados sobre produtos alimentícios.
Fiscalização do Procon constatou alta de até 102% no quilo do feijão e de até 80% no pacote de 5 quilos de arroz. Sem falar no álcool em gel, cujo preço disparou 190%.
A hora é de solidariedade entre todos. O novo coronavírus não escolhe a quem atingir. Não escolhe classe social para acometer suas vítimas. Há uma infinidade de brasileiros, inclusive no Norte de Minas, fazendo sacrifícios para que uma parcela da população evite se contaminar neste momento e não sobrecarregue o sistema de saúde.
Trabalhadores da saúde, da segurança, da limpeza urbana e do próprio comércio de produtos essenciais estão nessa linha de frente, desta verdadeira guerra pela saúde, pela vida. É imprescindível que empresários e comerciantes que também puderem colaborar, o façam.
Não onerar preços de produtos pelos quais não tenham pagado mais é a forma de estar ao lado dos seus clientes, consumidores, neste momento. Mas se não pensarem dessa forma, o Procon irá atuar para garantir o direito do consumidor. Alguns lojistas já foram multados.
Vale lembrar que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, anunciou ontem que o Estado vai estudar, a partir da próxima semana, a viabilidade de outros setores da economia irem retomando suas atividades aos poucos, sem que haja risco para trabalhadores, para os mineiros, de maneira geral.
Assim, é importante a colaboração de todos para que, neste momento tão delicado, a vida, a saúde e o bem-estar das pessoas, independentemente de quem são elas, da posição social que ocupam, sejam preservados como os bens mais preciosos.