Com as finanças em xeque, em razão da falta de repasse de verbas pelo governo do Estado, vários prefeitos do Norte de Minas decidiram ontem adotar medidas mais duras para enfrentar a situação.
Ao que tudo indica, até aqui não foram suficientes as paralisações já realizadas, os recursos judiciais e nem muito menos os apelos já feitos ao Governo do Estado, seja diretamente ou via Associação Mineira de Municípios (AMM).
Agora, a escolha é por elevar o tom dos protestos como forma de chamar a atenção para situação de penúria das administrações, com impactos diretos no dia a dia da população.
O ano letivo dos alunos da rede municipal, que terminaria somente em meados de dezembro, será encerrado no próximo dia 30. Os gestores alegam falta de condições financeiras para seguir bancando o serviço. Além disso, nova greve foi anunciada.
De três a 10 de dezembro os chefes do Executivo prometem fechar as portas das prefeituras em protesto contra o atraso no repasse dos recursos pelo Estado, que também alega uma grave crise orçamentária. O pacote de medidas prevê ainda o cancelamento de convênios com Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Emater e IEF, o que deve afetar sobremaneira a agricultura familiar.
As decisões tornam a vida da população norte-mineira ainda mais sofrida. Afetados por problemas como estiagem e menos oportunidades de emprego devido ao baixo desenvolvimento econômico da região, moradores enfrentarão um fim de ano com crianças sem escolas e comércio parado devido à falta de dinheiro em circulação. Ou seja, tudo que agrava ainda mais a situação.