Faz parte de toda sociedade que se denomina democrática realizar todos os serviços públicos com a maior transparência possível, desde que não sejam revelados dados estratégicos. A escolha do povo não deve ser encarada como um cheque em branco dado a quem quer que seja fazer o que bem entende da comunidade.
As obras do Trevo da Real vão mexer com a vida de milhares de pessoas durante várias semanas. O serviço já foi anunciado oficialmente pela prefeitura, mas quem trabalha, mora ou circula pelo entorno acusa o Executivo de não prestar qualquer esclarecimento sobre como se darão os serviços.
Temos próximo ao local muitos empreendimentos comerciais nas duas avenidas que formam o cruzamento. E esses negócios dependem muito do movimento de veículos passando pelas respectivas vias todos o dias. O que esses empresários vão fazer? Qual a alternativa dada? Se não há alternativa, como eles serão compensados? E se essa obra for paralisada, como várias foram pela atual administração?
Além disso, como será feita a segurança da via para onde o trânsito será desviado, principalmente em frente a uma escola estadual?
Como o leitor pode reparar são várias questões que precisam ser respondidas pelos administradores para tranquilizar a vida de vários cidadãos. O certo seria a prefeitura fazer uma reunião com a comunidade explicando as etapas da obra e colhendo sugestões de melhorias.
Mas a atual gestão parece escolher o caminho de apenas comunicar a quem sofrerá o maior impacto com a obra em uma região tão importante com o barulho de tratores, caminhões e marteletes que serão usados no primeiro dia de serviço.