A pandemia de Covid-19 chegou trazendo um novo normal. Em função das determinações impostas por decretos, tanto municipais quanto estaduais, muitos brasileiros precisaram repensar seus negócios e mesmo suas profissões. O empreendedorismo não apenas sofreu uma transformação, mas, também, apresentou crescimento de 2020 para 2021.
As histórias de quem precisou se reinventar, por ter perdido o emprego ou mesmo por ver a renda da empresa despencar, estão espalhadas por todo o Brasil. As estatísticas de inúmeras instituições, como Sebrae, por exemplo, traduzem essas mudanças através de números. Os dados apontam, claramente, que quatro em cada dez empresas decidiram inovar durante a pandemia, algumas buscaram suporte nas tecnologias, migrando para as redes sociais, outras, repensaram produtos; todas com um único objetivo, se ajustar às novas demandas, às novas exigências do mercado. E as mudanças foram positivas, pois 11% registraram aumento do faturamento em relação a 2019, e as redes sociais foram fundamentais neste aspecto, já que 48% das vendas passaram a acontecer on-line.
Se a baixa do número de empresas foi significativa, em função do momento complicado da economia no Brasil, os números apresentam um saldo positivo, provando que o brasileiro é, antes de tudo, resiliente e enfrenta as crises com muita criatividade. Dos cerca de 2,6 milhões de microempreendedores individuais (MEIs) que se inscreveram no Mapa de Empresas do Portal de Empreendedores do Governo Federal em 2020, contabilizando as baixas, o saldo foi de 1,8 milhões de novos empreendimentos.
Se alguns setores, como turismo, produções artísticas e eventos, tiveram queda drástica, outros, como o agronegócio e, ainda, os setores de saúde e de alimentação, puxaram os números dos novos negócios para cima, mostrando que o brasileiro tem capacidade para transformar a economia.
Para que o cenário fique ainda melhor, basta diminuir em burocracia e em tributos, que, além de serem muitos, têm alíquotas bem salgadas para a contabilidade de qualquer empresa. Se o Congresso conseguir fazer de fato a necessária reforma tributária, a economia brasileira, além de se recuperar, poderá ser uma das mais pujantes, colocando o Brasil na rota das grandes economias mundiais. Agora é torcer!