Na tentativa de adequar a legislação brasileira em relação às mudanças do Código de Animais Terrestres da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o Ministério da Agricultura faz até a data de hoje a consulta pública que pretende revisar o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa. Aqueles que tiverem sugestões fundamentadas podem enviá-las para a página na internet do Sistema de Monitoramento de Atos Normativos da Secretaria de Defesa Agropecuária (https://sistemasweb.agricultura.gov.br/segaut), ligada ao ministério.
Um dos principais objetivos dessa busca de adequação às normas internacionais de controle sanitário é, certamente, o aumento das exportações da produção brasileira de carne. Com o segundo maior rebanho de bovinos do país, Minas reúne perto de 23 milhões de animais e detém o status de área livre de aftosa, perseverando na vacinação desde 2001. A China desponta entre os principais importadores da carne bovina mineira, com a aquisição de 59% do que é exportado pelo Estado.
Para se manter como um dos principais exportadores brasileiros de carne bovina, como mostra reportagem desta edição de O NORTE, Minas Gerais precisa persistir no trabalho obstinado de vacinar seu rebanho anualmente, conservando assim o status internacional de zona livre da aftosa e o interesse do consumidor estrangeiro em seu produto.
As exportações de carne bovina mineira chegaram a render, em 2018, US$ 604 milhões, ou 9,2% do total nacional, destacando o Estado como o quarto maior exportador do produto no Brasil naquele ano. Portanto, manter a febre aftosa distante do rebanho mineiro e brasileiro deve ser um princípio unânime entre todos os envolvidos nessa cadeia de produção e desenvolvimento.