Dois mil e dezessete chega ao fim com uma boa notícia para os norte-mineiros. O número de empregos formais criados na região cresceu em relação a 2016 e bateu a média no Estado, em um ensaio de retomada da economia que, esperamos, se mantenha pelo ano vindouro.
É bem verdade que as estatísticas nas grandes cidades foram mais modestas. Maior município da região, Montes Claros, por exemplo, abriu cerca de 300 vagas (0,41%). Entretanto, não deixa de ser um alento pensar que cidades com pouco mais de 30 mil habitantes, e onde as oportunidades costumam ser mais escassas, enfim tenham o que comemorar.
Com essas vagas, não só se amplia a renda da família do trabalhador com carteira assinada. Em um efeito cascata, injeta-se mais dinheiro na economia, devido ao consumo de bens e serviços. Ou seja, muita gente sai ganhando. E quanto menor a cidade, maior o impacto que isso tem.
Aos críticos, segue o aviso de que não se trata de ver o cenário dentro de uma ótica para lá de otimista. A questão é que, em um país com 13 milhões de desempregados, indicadores positivos sempre serão bem-vindos. Na virada do ano, então, quando o discurso geral é pela renovação das esperanças, nada mais apropriado.
Motivo maior para se comemorar, porém, será quando os números crescerem não apenas sobre uma base fraca, como 2016, mas em um ritmo que seja pelo menos próximo do que o Brasil, Minas e o Norte do Estado já conseguiram experimentar. Gente disposta a trabalhar por essas bandas não falta. Seguimos na torcida – e sempre a postos.