Pandemia em curso, inflação em alta. O brasileiro continua a viver dias de profunda turbulência. Quase como se vivesse em um daqueles carrinhos em plena montanha russa em um parque de diversões qualquer, vê a vida de tempos em tempos dar sinal de melhoras, para logo após ver essa mesma vida descer em desabalada, rumo ao fundo do bolso.
Não bastasse o abre e fecha determinado por alguns decretos, a estrutura da saúde que nunca está pronta para as demandas, tem que lidar com alta quase que mensal da gasolina, do diesel, do gás e até da energia elétrica, que implanta sucessivas bandeiras, que vermelhas feito sangue, ferem de morte o já combalido orçamento do brasileiro, e ainda a ameaça de um apagão.
Hoje vai ser um dia de descer a nível zero nessa montanha russa ante mais uma alta dos combustíveis. Enquanto isso, o cidadão vê dia a dia o carrinho de supermercado mais e mais vazio, em uma demonstração de que o poder de compra já está quase zerado e equilibrá-lo virou uma grande “brincadeira” que trouxe para o vocabulário do brasileiro palavras como aperto, arrocho, estrangulamento. Todas passaram a fazer do vocabulário de quem está aprendendo, à força, a ajustar as necessidades ao orçamento curto.
Aliado a tudo isso, a desaceleração econômica, que promoveu perdas irreparáveis, principalmente nos índices de emprego, trouxe consigo um princípio de caos social. É certo que o auxílio emergencial, que vem sendo constantemente renovado, embora com valores cada vez menores, pode ser um fator a minimizar a situação, já que além de ser uma ferramenta social, que evitará que famílias passem fome, vai injetar dinheiro no mercado, aquecendo a economia, mas jamais poderá ser chamado de solução.
Apesar das constantes pedras no caminho, segue o jogo, um jogo que tem sempre as regras mudadas, é fato, mas segue-se jogando, porque brasileiro, de fato, não desiste nunca! Estão sempre à espreita de dias melhores, mais leves e mais suaves, à espera do milagre que vai devolver a vida aos trilhos, que vai fazê-los acordar do pesadelo para uma vida o mais próximo possível daquilo que acreditam ser o normal... Já que nada acontece, sigamos...
Hoje vai ser um dia de descer a nível zero nessa montanha russa ante mais uma alta dos combustíveis