Com o crescimento dos casos do novo coronavírus no Norte de Minas, a Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) está liderando uma ação conjunta para tentar minimizar os impactos da Covid. Até agora, já existem 98 casos confirmados da pandemia e nove óbitos na região. Os prefeitos temem um possível agravamento da doença e apontam a falta de estrutura na área de saúde nas principais cidades.

A Amams promoverá hoje uma videoconferência de onde deve sair um documento que será encaminhado aos governos de Minas e federal. A entidade relata que há um crescimento dos casos na região, mas que as soluções ainda têm sido tímidas para combater a doença. Não há, por exemplo, um hospital de campanha na região que possa atender a um possível agravamento da Covid-19.

A entidade cobra uma estrutura mais complexa para suprir a um eventual aumento dos casos da doença em regiões que atendem vários municípios do entorno, como nas cidades de Januária e em Brasília de Minas. No encontro de hoje, que reunirá além dos prefeitos os secretários municipais de Saúde, a intenção da Amams é tentar criar um time coeso na região para enfrentar, de forma mais efetiva, os casos que forem surgindo na região.

Secretários e autoridades de Saúde têm reclamado que as ações têm sido tomadas de forma isolada, sem um comando único para dar uma resposta mais rápida ao avanço da doença. Os gestores entendem que há um descompasso entre os governos federal e estadual, mas que os prefeitos têm que estar alinhados neste momento para enfrentar a Covid-19.

Alguns municípios já estão tomando algumas medidas, orientados pelo projeto “Minas Consciente”, para voltar a alavancar a economia. No entanto, neste momento de desencontros de informações, é necessário que os gestores municipais avaliem, com grande responsabilidade, o grau de risco para a adoção de qualquer medida. As ações de higienização, distanciamento e isolamento social não podem cair no esquecimento e devem ser levadas à risca.

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