Para mim, nada se compara á uma reunião da família, o que está se tornando cada dia mais difícil. Todos já com compromissos, muitos morando fora, mas mesmo assim provoco alguns. Foi o que aconteceu nessa semana, quando nos reunimos aqui em casa. Às vezes marcamos encontros em algum restaurante, mas desta vez quis que fosse aqui em casa mesmo, tudo caseiro. Fiz fricassé e torta de pêssego, preferidos da família. Enquanto preparava o menu e arrumava as mesas, lembranças do passado me vieram à mente. Quando os netos eram crianças, todo fim de semana, no sábado ou domingo, todos vinham almoçar aqui em casa. E eu preparava a mesa grande de 10 lugares para os casais e mesas pequenas, com pratinhos e copos coloridos de plástico para as crianças.
Em um desses almoços, ouvi uma de minhas netas cochichando com a outra: “Veja aí, os pratos deles são mais bonitos do que os nossos!” Fingi que não ouvi e no próximo almoço, inverti: coloquei os pratos bonitos para eles e uns mais velhos para os adultos. E fiquei observando a reação deles, encantados com os pratos de louça. São muitas lembranças que vêm à tona. Sempre que nos reuníamos, meu marido perguntava: “Qual é a pauta?” . Ontem nos lembramos dele e antes da nossa oração, eu falei a pauta: São três: a primeira é receber os que estiveram viajando e agradecer a Deus o retorno; a segunda, é mesmo reunir a família, pois com tantos afazeres que tenho agora, ainda é a minha prioridade; a terceira é apresentar meu novo livro TRAVESSIA, que a família ainda não conhecia.
Foi um encontro super agradável, primos que moram mais longe se encontrando com os daqui e muitas lembranças e colocando o papo em dia. No dia seguinte, arrumando a bagunça, parei para falar com os que moram longe sobre o encontro, quando uma de minhas netas também me disse: “Pra mim o que mais me marcou era a gente comendo mousse de maracujá depois do almoço lá no quarto de vovô e vovó e jogando Mário no SuperNintendo. E a gente revezando para usar aquele negocinho de massagear os pés que vovô tinha. E depois assistíamos Tico e Teco e dormíamos nos colchões na sala”. Nossa! Não é só o idoso que tem lembranças; os jovens também têm!
Foi um encontro muito feliz, recheado de boas lembranças!