Tivemos nesses dias o feriado de Corpus Christi, quando muitas pessoas aproveitam o feriado prolongado para descansarem ou visitarem suas famílias.
Mas o que é mesmo e o que significa “Corpus Christi?”
Significa Corpo de Cristo e tem por objetivo celebrar o mistério da Eucaristia, o sacramento do corpo e do sangue de Jesus Cristo. Acontece sempre 60 dias depois do Domingo de Páscoa. Mas por que sempre na quinta-feira? Alguém me perguntou. Por tradição da Igreja Católica acontece ainda na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade em alusão à quinta-feira santa, quando Jesus instituiu o sacramento da eucaristia, na santa ceia com os seus apóstolos.
A origem remonta ao Século XIII, insttuida pelo Papa Urbano IV no dia 08 de setembro de 1264. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus em busca da Terra prometida. As ruas são enfeitadas para a passagem da procissão onde o Santíssimo Sacramento é levado solenemente pelas ruas.
Sempre me lembro da procissão de Corpus Christi na minha cidade, quando eu ainda criança ficava encantada com a arrumação das ruas. São Romão àquela época tinha apenas duas ruas principais, a praça que vai do rio São Francisco até onde termina a cidade até o campo de aviação e muitas outras ruas menores e periféricas. A procissão saia da Igreja Matriz, percorria as duas ruas e voltava à Igreja. Como as ruas eram estreitas, os moradores, além de enfeitar suas casas com toalhas e flores nas janelas, também penduravam bandeirolas de um lado ao outro da rua. Eram bandeirolas coloridas que formavam um túnel, onde o Santíssimo ia passar. Meu pai, embora não fosse um assíduo frequentador da Igreja, fazia questão de colocar as bandeirolas na frente da nossa casa e ficava recolhido, de cabeça baixa e em silêncio, quando a procissão passava.
Tempos depois, aqui em Montes Claros, meus filhos participavam de grupos de jovens católicos e ficavam encarregados, assim como os outros jovens de fazerem os tapetes onde a procissão iria passar, tradição que dura até hoje.
Sabemos que já houve muitos milagres eucarísticos, onde a hóstia consagrada se transforma em sangue, como o primeiro por volta de 1264, em Bolsena, na Itália e o de Lanciano, também na Itália