Glorinha MameluqueAdvogada e escritora

A vida no banco dos réus

Publicado em 11/10/2023 às 19:25.

Foi o título de uma crônica que fiz, publicado em “O Jornal do Norte” em 2003, há 20 anos, quando estava efervescente a questão da aprovação do aborto, tema que já se tornava recorrente. Nela citei algumas afirmações de juristas e médicos sobre o assunto. O jurista Ives Gandra Martins:”O denominado aborto legal nada mais é do que uma pena de morte imposta ao ser humano, enquanto vive no seio materno.” 

Dizem os defensores do aborto, até hoje, que um embrião ou feto até 12 semanas, não é gente. Na mesma época e artigo, em matéria publicada no mesmo jornal, o Professor da Faculdade de Medicina da Unimontes, hoje falecido, doutor José Nildo e Silva, comprovou com minúcia de detalhes científicos: “A fusão do espermatozoide com o óvulo resulta na união de 23 cromossomas paternos com 23 cromossomas maternos. Neste instante – zero hora- forma-se uma nova célula de 46 cromossomas, chamada zigoto, a qual contém uma combinação do material genético, com toda informação necessária e suficiente para constituição do novo ser humano, tais como: altura, cor dos olhos, dos cabelos, da pele, sexo, impressão digital, etc. Portanto, a partir da fecundação já existe um novo ser humano, único e inimitável no universo.” E, mais adiante: “Assim sendo, toda interrupção voluntária da gravidez é um aborto, e portanto, um processo criminoso. Sob o ponto de vista transcendental é uma agressão ao preceito ‘NÃO MATARÁS’, instituído pelo Criador da vida”.

Assisti pela TV a fala de uma ministra afirmando que “a mulher é dona do seu corpo e que tem o direito de decidir”. Essa senhora não me representa. Sou mãe de quatro filhos e desde o momento da concepção de cada um, sabia que era um ser novo que carregava em meu ventre. Não era um pedaço do meu corpo, como um dedo, uma orelha ou outra qualquer, que eu pudesse tirar e jogar fora, como querem os defensores do aborto. A vida está novamente no banco dos réus, sujeita aos ataques dos acusadores e a luta desigual dos defensores.

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