Sem explicações convincentes diante das graves acusações que pesam sobre o governo Humberto Souto de manipular decretos e informações contábeis, o jeito foi partir para o campo político, fugindo do conteúdo técnico. O argumento é um velho conhecido: “perseguição política”. Ocorre que os fatos examinados agora estão sob a responsabilidade de órgãos fiscalizadores, baseado em análises (provas) de conteúdos e fatos concretos.
Intimação
Segundo o vereador Fábio Neves (PSB), a intimação do TCE-MG ao prefeito Humberto Souto e ao procurador-geral do município, Otávio Rocha, para prestarem esclarecimentos evidencia ilegalidades cometidas no governo Humberto Souto. O assunto deve tomar novos rumos, com o aprofundamento das investigações do Tribunal de Contas de Minas Gerais, conclui o parlamentar.
Vento sopra em outra direção
Com milhões em caixa, depois da renovação da concessão com a Copasa para exploração dos serviços de água e esgoto por 30 anos no município de Montes Claros e um duro sacrifício que impôs à população, sem política social e piorando serviços de saúde e educação, o prefeito Humberto Souto acreditava que poderia deitar e se balançar na rede que a reeleição estaria garantida com o projeto de asfalto, sem que ninguém questionasse sua gestão. Fato é que, nem a inadimplência, que deixou o município sem receber verbas federais, o preocupava. Com o Tribunal de Contas exigindo explicações e outros órgãos fiscalizadores de olho na sua administração, o vento sopra agora em outra direção.
Sem ar-condicionado
Por trás da intensa propaganda do asfalto, inaugurações, aplausos e elogios dos aliados, existe sacrifício, humilhação, desprezo e abandono de quem realmente faz a Prefeitura de Montes Claros acontecer: o servidor, aquele que deveria ser valorizado no governo Humberto Souto, infelizmente, é o mais penalizado, esquecido. Alegando razões de economia, os servidores foram proibidos até de usar o ar-condicionado no prédio da prefeitura, exceto, é claro, o secretariado.