O apoio dos governadores de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB) – que perdeu a eleição –, de Minas, Romeu Zema (Novo), e do Rio, Cláudio Castro (PL), ambos reeleitos, é de um forte simbolismo para o presidente Jair Bolsonaro (PL) contra Lula (PT). Eles comandam os três maiores colégios eleitorais do Brasil. Mas não garantem a transferência de votos. A alta abstenção do 1º turno pode se repetir em especial nos estados onde a eleição se decidiu no domingo (Minas e Rio). E a alta rejeição a Bolsonaro e a Lula também pode deixar muita gente em casa dia 30. Se quiser virar o jogo, Bolsonaro e os governadores têm o desafio de conclamar militância, indecisos e milhões de eleitores que não votaram dia 4 a rumarem às urnas no 2º turno.
Fakes eleitorais
O Ministério Público Eleitoral vai ter trabalho pós-eleição para investigar muitas fake news. Do início da campanha até domingo do 1º turno, o app Pardal da Justiça Eleitoral recebeu 37.520 denúncias de irregularidades – boca de urna, compra de votos e fake news nas redes etc. Foram relatados 1.694 disparos em massa (SMS e mensagens por Whatsapp e Telegram) e 15.016 perfis de usuários com indícios de “comportamento inautêntico” na internet.
(Izanio Façanha (@izanio_charges))
Neto resiste
Mesmo diante da virada surpreendente de Jerônimo (PT) para o governo da Bahia, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, que liderava com folga as pesquisas, resiste a declarar apoio a Bolsonaro, como pedem aliados, e buscar o voto da centro-direita no Estado. A próximos, Neto diz que vai manter o ritmo do primeiro turno, e que não quer “federalizar a eleição” no Estado, e deixar seus eleitores decidirem. O DEM, que ele presidia, já não existe mais. Amigos indicam que ele arrisca enterrar o Carlismo no Estado.
Nordeste no plenário
No Nordeste, segundo maior colégio eleitoral por regiões do Brasil, 151 deputados federais foram eleitos. Deste total, 89 são os reeleitos, e 62 estreiam na Câmara dos Deputados, o que representa 41% de renovação da região na Casa. O comparativo é da Agência Tatu, com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Covid x Saúde
Seis em cada 10 brasileiros (62%) consideram a Covid-19 o maior problema de saúde. A constatação é da pesquisa ‘Monitor Global dos Serviços de Saúde’, realizada pela Ipsos. O índice está acima da média global, que é de 47%. O Japão, com 73%, lidera a lista. Dos 34 países que participaram do levantamento, 19 apontaram a doença como o principal problema de saúde enfrentado pela nação.
Queimadas
Um grande desafio nacional e internacional para o próximo presidente são as queimadas que não param em diferentes biomas do Brasil. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que em setembro ocorreu aumento de queimadas na Amazônia, o maior número desde 2010. Foram 41.282 focos mês passado, contra 16.742 do mesmo mês de 2021. O Pará é o recordista de queimadas, com 12.696 focos de calor registrados, representando 30,8% do total, seguido por Amazonas (8.659).