Tudo é uma simbologia em si. Seja ela mascarada ou aparente, a simbologia de cada ato, coisa ou fenômeno é necessariamente persuadida pelo teor da atenção de quem a observa, de tal forma que a incongruência por traz da construção de cada conclusão ou conceito deriva da observação de símbolos de referências. A própria lógica fonética é exposta em símbolos do alfabeto.
Mas, esses tais símbolos que constituem a diretriz básica de observação do ser. Não se restringem a questões de ordem simbólica que necessitam de aglomerações entre si para gerar conceitos próprios, como a própria ornamentação de letras é. Existem símbolos cuja extensão de sua interpretação derivam de fatores sentimentais e históricos que fazem emergir itinerantes percepções a respeito disso ou daquilo conforme se espera da interpretação desses símbolos mais complexos.
Imaginemos uma cruz, este símbolo, por si só, gera uma amplitude de interpretações, que necessariamente transfiguram a ideia de um símbolo em algo muito maior do que uma mera disposição espacial de um objeto, e passam por uma interpretação regada de subjetivismos individuais mas remontam objetivismos categóricos, que demonstram que por traz de fortes símbolos, existem grandes legados.
Por isso, maravilhar-se com a extensão da natureza, é quase tão fantástico como maravilhar-se pela extensão do significado dos símbolos. Pois estes, apesar de derivarem da natureza, ainda carregam uma carga intertemporal tão robusta, que faz com que sejamos meros expectadores do resultado da imposição conceitual de símbolos reinantes no universo de observação da realidade.
Assim se constitui o ânimo humano de lidar com a realidade, pois a interpretação dos símbolos, cria para si próprio, a possibilidade de esbravejar contra a própria ignorância, e assim, na medida em que nos aproximamos da extensão do significados dos símbolos, podemos nos aprimorar pessoalmente, profissionalmente, emocionalmente, religiosamente e em qualquer aspecto que dependa da subsunção de fatos sociais em atos sociais. Pois neste caminhar de interpretação e aplicação de conceitos explicados por símbolos, acabamos por nos constituir, como seres dotados de inteligibilidade e alma. E a partir disso, ditamos como será o nosso futuro, baseando nosso comportamento em legados e visando constituir, nossos, próprios legados.