Muito se fala a respeito da dita razão. Ousaria dizer, que o verdadeiro ímpeto do presunçoso é querer demonstrar ter razão o tempo inteiro. Em função disso, muito se cria em volta do eixo dos diálogos, fazendo com que haja sempre um desbalanço inevitável para o razoável curso de uma conversa ou reflexão.
O parâmetro adequado que envolve a ideia de razão, reside muito mais no silêncio e na fiel indicação do que nos circunda, do que efetivamente na emergência das intuições. Que sempre serão circunstanciais e emotivas.
A construção de qualquer pensamento, postura, objetivo ou desenvoltura, deriva necessariamente da observação do nosso meio, pois isso constrói os pilares da autocompreensão, pois nossa razão, deriva da capacidade de nos posicionarmos com sabedoria.
Não há um ser que seja austero o suficiente ao ponto de apresentar uma constante condescendência para com as mudanças impossíveis. Isso seria a mais alta cátedra da inteligência emocional. Por isso, concluímos que a razão, é na verdade, o direcionamento da vontade em prol da fuga ao conflito desnecessário.
Dessa forma, demonstrar ter razão o tempo inteiro, torna-se a atitude mais irracional. Afinal de contas, qual o sentido de querer convencer o outro do que não há concordância, sendo que na verdade a influência desempenha efeitos muito mais rebuscados.
Todas as vezes em que insistimos em um pensamento incongruente, ao ponto de torná-lo nosso estilo de vida, caímos no erro de não reconhecermos que devemos agir com muito mais fidelidade ao próprio objetivo por traz de qualquer atitude. Sendo a adaptação, uma virtude muito mais importante do que a imposição ou insistência.
Fato é, que ser racional, muito tem a ver, com o comportamento direcionado aos objetivos, tendo em vista que mudanças na rota, quando aptas a adaptar os meios que buscam uma finalidade, acabam nos dando luz, até mesmo quando, estivermos em crises de expectativas.
E tudo isso, diz mais respeito a razão interior, do que qualquer tentativa de expressar forçosamente um comportamento racional em vias banais de demonstração excessiva das próprias vaidades.