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Quinta-Feira,26 de Dezembro
Pedro MartinsEscritor, Ciências Jurídicas e Agronômicas

Perspectiva

Publicado em 19/09/2023 às 19:00.

Mais do que razoável a ideia de que cada um tem sua perspectiva. Isso é senso comum. Todos nós sabemos que as pessoas pensam de forma diferente, e tem visões de mundo distintas. Mas o que deixa tudo isso um pouco mais complexo do que efetivamente qualquer outra discussão, diz respeito ao quão fiéis somos as nossas perspectivas e o quão presunçosos somos ao subestimar as perspectivas alheias.

Sabemos que todos são constituídos de princípios. E em prol da própria movimentação cotidiana, repetimos para nós mesmos o que queremos ser e o que esperamos do mundo, ao menos quanto ao mundo que temos um certo controle ou influência. Mas isso, nem sempre nos contagia ao ponto de nos comportarmos conforme nossas próprias perspectivas.

Realmente, o desvio de conduta deriva da vontade. Mas a própria vontade pode ser involuntária, pois, em pequenos deslizes, principalmente quanto àqueles que derivam do escasso controle que temos de nós mesmos. Estou falando dos vícios de comportamento e dos erros costumeiros ao dom da vida.

Isso tudo, nos faz perceber, que mesmo diante da plena certeza do que é certo, acabamos errando, por sermos fracos. Isso nos torna apenas uma extensão do mundo que nos circunda. Ao menos até certo momento. Pois o que torna tudo isso um novo panorama de melhora, diz respeito ao ato de aceitar que se erra, para buscar acertar.

Mas tudo isso se torna ruína, quando não temos o “feedback” necessário da realidade, do que nos circunda e do que promove a interpretação coesa do nosso entorno. Nem sempre a nossa perspectiva nos conduzirá a melhor versão de nós mesmos. Quase sempre, esta estará calibrada, mas nem sempre estará nos eixos da própria acepção do que é certo e errado.

Assim, surgem as perspectivas alheias. Os pontos de vista dos que nos circundam. Estes, nos conduzem a máxima interpretação do que está ao nosso redor. Pois sem a troca, sem o ato de compartilhar, e sem a sinestesia característica do mutualismo mundano, nunca seríamos seres sociais. E sem a sociabilidade, nos restaria apenas, a máxima presunção de seres incompreendidos por si mesmos e pelo mundo. Não é o mundo que precisa de você. É você que precisa do mundo!

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