É fato que estamos sempre vinculados a laços indissociáveis do nosso ser. Basta olharmos ao nosso redor que iremos visualizar uma extensa rede de apoio que preenche as nossas expectativas com boas novas, e por vezes com encargos. Trata-se disso, da reciprocidade. Os laços eles tem mão dupla, de tal forma que sempre estaremos indo e vindo, servindo e sendo servido.
Essa é a mágica da vida em sociedade, ninguém vive sozinho. Comungar com os nossos pares é sinal de sobriedade de espírito, de busca por melhores panoramas, por luta pelo aconchego da alma. Somos sempre o reflexo do quão bem nutridos estão os vínculos criados pelos laços que nos permitem viver e regozijar os prazeres desta missão mundana que nos entrelaça.
Por isso, sempre que estivermos cara a cara com a iniciativa de quem configura uma ponta de um laço que existe em nossos corações, devemos manter a mais solene cumplicidade. Os laços nos contagiam com a natureza mais bela de sua existência, que envolve o amor fraternal e a busca pela razoabilidade no convívio e na esperança.
Os laços permitem que sonhos não sejam devaneios isolados, fazem perfazer a possibilidade de sonhar em conjunto. De crer em um dia de amanhã, regado de expectativas múltiplas de quem se constitui na ornamentação mais fiel dos laços que embrulham os presentes de dádivas da vida.
E nesse entrelace de laços que visualizamos a possibilidade de crescermos com apoio, de tal forma que quaisquer frutos que venham a emergir e se amadurecer no pomar de nossas expectativas, venham a se tornar a mais pura e solene realidade conjunta de quem comemora com apoio de quem ama e é amado.
Os laços existem para que não sejamos desordeiros com o mundo, para que lutemos a luta diária de mais de uma pessoa, e que nessa visualização de “seres grupais”, como se em manadas estivéssemos andando, perceberíamos que independentemente do destino, todo laço deve ser respeitado, até o ponto em que sua constituição não seja integralmente corrompida pelo pecado e egoísmo.