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Quarta-Feira,11 de Junho
Leandro MazziniMineiro de Muriaé, Leandro Mazzini é jornalista pós-graduado em Ciência Política pela UnB e escritor. Com Leonel Rocha, Walmor Parente, Carolina Freitas e Tom Camilo

O abate do ruralista

Publicado em 10/11/2018 às 06:45.Atualizado em 28/10/2021 às 01:46.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) decidiu antecipar o anúncio da deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) para o comando do Ministério da Agricultura para estancar a crise que preocupava a equipe de transição. Nos bastidores, o presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antônio Nabhan Garcia, passou a minar nomes que contavam com a simpatia do futuro ministro da Casa Civil, Ônix Lorenzoni (DEM-RS). Entre eles, o de Tereza Cristina, do deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) e outros da bancada ruralista. A estratégia de Nabhan era desgastar concorrentes e pavimentar seu nome para a chefia da pasta.

Lobby
Como esperado, Bolsonaro seguiu a indicação da ala de Lorenzoni. Antes da escolha de Tereza Cristina, Nabhan chegou a convocar amigos que comandam entidades do agro para apoiá-lo publicamente. Foi prontamente atendido e contou, em vão, com o lobby de 273 associações do campo que integram o Movimento Abril Verde e Amarelo.
 
Pavão
No auge da guerra com o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Nabhan disparou duras críticas em grupos de WhatsApp: “Já vi muito pavão virar espanador”, escreveu o ruralista, além de chamar Ônix de prepotente e despreparado.
 
Bloco na rua
O deputado Carlos Sampaio (SP) já botou o bloco na rua para tentar se eleger como novo líder do PSDB na Câmara. Organizou um almoço na quarta-feira, 7, em Brasília, onde reuniu Dória, Aécio e deputados federais.
 
Presidente-propaganda
Depois do posto Ipiranga, agora o Leite Moça. Bolsonaro colocou em evidência sua receita de pão francês recheado com leite condensado. O que virá mais nas palavras e atos do presidente-propaganda?
 
Açodamento 1
Alvo de três inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), entrou em contradição ao pautar repentinamente, sem consultar os colegas, projetos que reajustaram os salários para ministros do STF e para o procurador-geral da República. Em agosto, o emedebista dissera que os projetos iriam ser analisados sem “açodamento”.
 
Açodamento 2
À época, Eunício recusou-se, inclusive, a discutir as propostas nas sessões do esforço concentrado do Senado durante as eleições. “Isso (inclusão dos projetos na pauta) não foi discutido com nenhum líder”, queixou-se pelos corredores da senadora Gleisi Hoffmann (PT).
 
Quórum
Com 10 deputados presos, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) terá dificuldades em fechar quórum para cumprir a agenda de votações definida na terça-feira, 6, dois dias antes da Operação Furna da Onça.
 
Calamidade
Um das prioridades da pauta da “propi-nolândia” _ como definiu o procurador Carlos Aguiar é a votação do projeto que prevê a prorrogação da situação de calamidade pública financeira do Estado, mantida, por enquanto, para 4 de dezembro.
 
Sistema S
O tempo anda fechado para os lados do Sistema S. Dias atrás, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou que entidades como Sebrae, Sesi, Sesc e Senai serão profundamente reformuladas. Na quarta, 7, foi a vez de a Comissão de Fiscalização Senado aprovar requerimento para que o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, apure junto ao Banco Central e ao Coaf se os dirigentes da CNI, da CNT, da CNA e da CNT têm contas bancárias no exterior, declaradas ou não.

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