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Domingo,22 de Junho

Coluna Sem Rodeios, por Manoel Freitas: publicação de segunda e terça-feira, 08 e 09 de janeiro de 2007

Jornal O Norte
Publicado em 09/01/2007 às 11:30.Atualizado em 15/11/2021 às 07:55.

WALMIR, O ALQUIMISTA






Tão logo assumiu a presidência da AMAMS, em 2005, Walmir Morais, prefeito de Patis, nem imaginava o desafio que teria pela frente. Herdou uma entidade com frota sucateada, com pouquíssimas prefeituras contribuindo financeiramente e – o que é pior – com uma dúvida de tirar o sono.





E, ao contrário do que faz hoje o seu colega Athos Avelino, ao invés de chorar o leite derramado, fez das mãos os pés e das tripas coração para negociar com os credores, principalmente com o INSS. E, mais cedo do que se esperava, resgatou a imagem da instituição, restituindo-lhe o crédito na praça e, mais ainda, seu prestígio junto ao Palácio da Liberdade, até então em pedaços. Tudo mineiramente.





Como resultado, hoje praticamente todos os municípios contribuem mensalmente, e, sua recondução por mais dois anos, é um reconhecimento ao seu esforço, que fez a entidade renascer das cinzas. E nem poderia ser de outra forma: depois de revelar sua porção de Midas, os demais prefeitos não tinham o direito de apostar no vôo cego de outros candidatos, de competência e intenções duvidosas.



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FOGO CRUZADO





RESULTADO – Acerca da gestão de Walmir Morais na presidência da AMAMS vale dizer ainda que, mesmo com o abacaxi que teve que descascar – aí incluso o pagamento de pesadas indenizações trabalhistas – o dirigente não ocupou horário nobre na TV para culpar seus antecessores. Fez o que todo governante ganha para fazer: trabalhar.



VER PARA CRER – São Tomé, precursor da dúvida cartesiana, que só acreditava no que via, mandou do além (por intermédio de um desses centros espíritas espalhados pelos quatro cantos da cidade), perguntar ao manda-chuva de Moc, onde estão os 20 mil empregos que a propaganda oficial diz terem sido criados pela usina de biodisel. A resposta ao outro mundo pode ser dada através da coluna, mas o aparelho do qual a santa entidade fez uso para desafiar o prefeito – para preservar sua imagem e a fonte – por força da profissão, não podemos revelá-la.



LIÇÃO N° 01 – Cori Ribeiro, que assume a presidência da Câmara em Montes Claros, precisa – desde já – ser alertado para não cometer excessos que comprometeram a imagem de seu antecessor, Ildeu Maia. É que o ex-motorista da Viação São Pedro, mormente nas sessões solenes, atropelava o regimento interno, tomava o microfone de assalto e, mesmo com oratória abaixo da média (a despeito de estar cumprindo o 4° mandato), jogava mais confete nos homenageados do que os próprios autores dos projetos que lhes outorgavam as comendas do Legislativo.



LIÇÃO N° 02 – Cori, igualmente – não pode e nem deve – imitar Ademar Bicalho que, na legislatura anterior, transformou o gabinete da presidência no quartel general da torcida organizada do Galo. Fotos do time, escudos e declarações de amor, espalhadas pelas paredes e enfeitando a mesa, certamente não é a melhor imagem que pode transmitir às autoridades que freqüentavam o ambiente por dever de ofício. De modo que o gabinete não pode, em nenhuma hipótese, revelar paixões de seus ocupantes temporários e, sim, a organização que reclama o comando do Legislativo da 6ª maior cidade de Minas.



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Ontem foi comemorado o Dia do Fotógrafo. Esse escriba de plantão, que já percorreu os quatro cantos do norte retratando suas imagens, escolheu para a ocasião o triplex de João-de-Barro, edificado nas trilhas de São João da Ponte. Funcional, como as casinhas populares que a prefeitura construiu com recursos da União e que canta em prosa e verso na TV. Menos mal: antes ser um João-de-Barro do que um João-Ninguém.



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Ainda celebrando o Dia do Fotógrafo, uma das imagens que não poderíamos deixar de veicular, nessa data, é do índio Xacriabá Francisco Ferreira Gama, o “Chico Bicho”, que fizemos durante reportagem especial encomendada pela Revista Tempo. Três meses depois, infelizmente, com apenas 25 anos, Chico veio a falecer, ele que era um dos mais importantes artesões da tribo, na verdade a maior etnia de Minas Gerais. A escolha da foto, pela qualidade, também faz com que uma profunda saudade bata no fundo do peito, nos que tivemos oportunidade de conviver com integrantes da tribo por mais de um ano.

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