NEM TUDO QUE RELUZ É OURO





Sem nenhum esforço ou exercício de oposição, e, sim, por razão de ofício, o jornal O NORTE , sobretudo em suas últimas edições, tem desnudado a administração Athos Avelino, demonstrando - de modo cristalino - ser abissal a distância da Montes Claros virtual (veiculada pela TV), e a real, cuja face é o retrato de um governo sem competência, fadado a nos fazer, ano após ano, perder posições no ranking das maiores cidades de Minas.

Menos mal: para o leitor e eleitor, nem toda a fortuna disponível nos cofres da municipalidade é capaz de nivelar por baixo os veículos de comunicação, transformando-os em depositário servil de press-releases, tática utilizada pelos governantes, principalmente quando, pelo caminho da ética, não é mais possível maquiar seus índices rastejantes de popularidade.





De modo que a propaganda oficial, por mais cara e bem produzida que seja, não consegue encobrir o óbvio: as imagens levadas ao ar não foram paridas no terceiro andar. São filhas de outro casal: o Estado e a União.

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FOGO CRUZADO.





ESQUECIDOS – Pela primeira vez em Minas, ex-deputados não foram convidados para a solenidade de posse do governador de Minas. Rei posto, rei morto.

BARRADOS NO BAILE – Se os ex-deputados ficaram vermelhos de raiva, muitas estrelas da cena política, entre as quais norte-mineiros com mandato renovado, não morreram de vergonha porque certamente não a tem: o acesso ao Palácio da Liberdade foi facultado apenas aos familiares do governador Aécio Neves e do vice Anastásia.

CHUIQUÉRRIMO – Ao contrário dos excluídos e descamisados, mesmo com o desconto de 10% em seus vencimentos, os homens de confiança do prefeito tiveram um reveillon à altura de seus postos. Aliás, quando mudam de status, todos passam a entender de vinho e uísque de boa procedência. Já o champagne e ovas de esturjão – segundo fontes de cocheira, fizeram parte do menu apenas dos amigos do peito de sua majestade.

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A Festa de Folia de Reis de Alto Belo se avizinha a passos de gigante: 12, 13 e 14 de janeiro. Por sublimar as coisas da terra, ser berço de artistas de renome nacional e promover a música genuinamente de raiz, atrai turistas e a mídia de vários países. Sob a batuta de Teo Azevedo, é uma autêntica usina de violeiros, rabequeiros, cantadores e poetas. Como se não bastasse, mantêm viva outras tradições pitorescas, como corridas de jegue, cachorro e porco. Por tudo isso, o banquete é completo e único. Alto Belo não tem igual. É Ímpar.

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INCINERADOR DESATIVADO





Atualmente, todo o lixo recolhido em Montes Claros vai direto para o aterro sanitário. Nem 1% é reciclado no destino. Na administração passada, tanto a usina de reciclagem como o incinerador de lixo hospitalar (conseguido por Saraiva Felipe) foram desativados. Athos Avelino mantém a marcha-ré: até mesmo os animais recolhidos ou sacrificados aumentam a montanha de resíduos: banquete para os urubus e risco para a população, sobretudo para os funcionários da Prefeitura, que certamente desconhecem que estão sentados num barril de pólvora.

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DEPENDURANDO CHUTEIRAS





Ex-deputado estadual, ex-secretário de Estado de Assuntos Municipais, Geraldo Santana – que simbolizava como nenhum outro a raposa política, espécie em extinção – saiu definitivamente tanto da vida pública como privada. Seu último gesto foi de grandeza: em 31 de dezembro de 2002, ao concluir a metade de seu mandato como prefeito de Salinas, renunciou para que Péricles Ferreira pudesse saborear as delícias do executivo. Aos 84 anos, vendeu o Posto Jenipapo para Natalício Mendes (proprietário da Cerâmica Salinas) e a Rádio Alvorada (para o ex-vice governador Clésio Andrade). Merecidamente quer agora só sombra e água fresca. Nada mais!