Coluna InforMoc.com, por Pedro Alexandre Mendes: publicação de sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Jornal O Norte
12/01/2007 às 10:36.
Atualizado em 15/11/2021 às 07:55

YOUTUBE É USADO PARA DISSEMINAR DICAS MÉDICAS




O popular portal de vídeos YouTube, alvo de críticas ferrenhas de alguns defensores de direitos autorais, está sendo utilizado para divulgar dicas médicas. Segundo a revista NewsScientistTech, através das páginas do serviço é possível encontrar uma variedade de dicas e tutoriais relacionados à saúde. Temas como câncer, autismo e sexo seguro são amplamente explorados de maneiras criativas e informativas, o que pode auxiliar os visitantes do portal.





Phil Commander, por exemplo, é pai de um garoto autista e resolveu ajudar outros pais a lidar com o problema em suas crianças, explicando em tutoriais algumas dicas para desenvolver a capacidade de resposta rápida do jovem a diferentes pessoas.





Para Phil, o aspecto visual do YouTube torna possível explicar tratamentos e intervenções que seriam difíceis de descrever em outros formatos utilizados na web, como por exemplo grupos de discussão.


O comediante canadense David Milchard, outro exemplo, apostou em uma situação real para criar um esquete sobre câncer nos testículos. “Inicialmente a razão para termos feito foi por que era um tema sobre o qual dava para fazer humor, mas ao mesmo tempo queríamos falar sobre algo que as pessoas usualmente não discutem”.





Também com um lado cômico, um grupo holandês encoraja mulheres a fazer um exame de câncer nos seios através de uma paródia de uma popular música americana de hip-hop.





Uma clínica do governo inglês, no país de Gales, aposta no YouTube para passar procedimentos importantes de saúde. É o caso dos vídeos que ensinam como examinar a quantidade de açúcar no sangue ou a usar um inalador.





Por outro lado, alguns especialistas têm medo que os usuários passem a substituir conselhos médicos e ajuda profissional pelo site de vídeos. Wendy Raskind, pesquisadora de autismo da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, é cética quanto às informações médicas veiculadas, principalmente pelo fato de que novas técnicas não têm sido ensinadas e as técnicas antigas eram baseadas em informações incorretas e que, mesmo bem intencionadas, ajudavam a criar falsas esperanças.





Ted Gansler, diretor de conteúdo médico da American Cancer Society, concorda com Wendy. Citando um vídeo que relaciona câncer nos seios ao aborto, Gansler mostra como vídeos podem espalhar informações erradas. “Se este tipo de mídia promove uma conscientização maior das pessoas, então isto é bom - mas eu enfatizo a importância de verificar os fatos”, apontou o diretor dizendo que não se pode confiar em vídeos online apenas por sua boa produção.





Segundo a UPI, alguns médicos esperavam que as próprias companhias farmacêuticas usassem o YouTube com esta finalidade educativa, mas como não o fizeram e não o estão fazendo, os próprios profissionais de saúde tomaram a iniciativa, conforme declarou o clínico-geral americano, Richard Walters.





Hoje, cerca de 100 milhões de vídeos são assistidos diariamente no site, lançado originalmente em fevereiro de 2005 e adquirido pela Google em outubro de 2006 por US$ 1,65 bilhão. – Magnet

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