Coluna InforMoc.com, por Pedro Alexandre Mendes: publicação de quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Jornal O Norte
17/01/2007 às 10:30.
Atualizado em 15/11/2021 às 07:55



Veja estas e outras informações no blog www.informoc.com

 

ONU DESCARTA ALTERAÇÃO NO CONTROLE DA INTERNET














A internet vai continuar a ser supervisionada por grandes agências norte-americanas, como a Icann (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers). O novo secretário-geral da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Hamadoun Touré, anunciou que a agência - ligada à ONU - quer apenas concentrar em questões de segurança da internet e na redução da disparidade digital entre os países ricos e os pobres.





”Devemos trabalhar juntos, mas cada agência tem seu papel a desempenhar. Precisamos desenvolver uma melhor cooperação e evitar a criação de uma superestrutura que seria muito controversa e muito difícil de implementar”, afirmou, em entrevista coletiva.





A Icann administra o sistema de endereços e nomes de domínio da internet. A agência fica na Califórnia e se apresenta “isenta de fins lucrativos”. Além disso, ela se reporta apenas ao Departamento de Comércio dos Estados Unidos, que em setembro passado anunciou que manteria poder de supervisão sobre a empresa por mais três anos.





Especialistas dizem que o governo norte-americano tem controle demais sobre a Icaan e sobre a internet, por conseqüência. Países como o Irã e o próprio Brasil pedem que a internet seja administrada pela ONU ou qualquer organização mundial minimamente isenta.


”Não tenho intenção de assumir o controle da internet”, disse Touré, que também é um engenheiro eletricista do Mali.





Touré, que ingressou na UIT em 1999, foi eleito secretário-geral da agência em novembro, sucedendo o japonês Yoshio Utsumi. A agência tem 191 países membros e 640 membros vinculados ao setor privado. - Reuters







SITES DE CONTEÚDO DE USUÁRIOS VIVEM DILEMA DE OBTER RECEITAS









Sites baseados em conteúdo gerado pelos próprios usuários, segmento dominado por pesos-pesados como MySpace e YouTube, podem ter um fluxo de milhões de clipes de vídeo por dia, mas enfrentam o desafio de transformar esse tráfego em dinheiro, afirma uma pesquisa de uma companhia britânica.





A Screen Digest prevê que, apesar das cerca de 44 bilhões de transmissões de vídeo -que equivalem a 55% de todo o conteúdo em vídeo consumido nos Estados Unidos - que serão geradas até 2010, o mercado somente registrará receitas totais relativas a 15% disso.





Vídeos produzidos por usuários representaram uma parcela de 47% do total do mercado de vídeos online nos EUA no ano passado, de acordo com a Screen Digest.





Intensificando o problema da geração de receitas a partir de vídeos online, muitos sites têm de conviver com imagens que podem ser violentas, rudes ou entediantes, algo que não agrada muito os anunciantes.





Outro desafio é o tempo que se leva para se experimentar novos formatos publicitários e a ameaça de um site perder seu apelo diante dos usuários.





“É a própria natureza do conteúdo. Como você monetiza conteúdo gratuito? Esse é o cerne do debate”, disse Arash Amel, analista da Screen Digest, autor do levantamento.





“Ninguém encontrou uma maneira de fazer dinheiro das enormes audiências que participam desses sites”, acrescentou. Amel informou que há uma série de indicações que sugerem que “2007 possa ser o nivelador de 2006”, apesar do forte crescimento.





Apesar disso, a receita publicitária nos EUA deve continuar uma fonte importante de receita para os sites de vídeos criados por usuários, crescendo de US$ 200 milhões em 2006 para quase US$ 900 milhões em 2010.





Amel disse que esse quadro ainda dominará outros modelos de negócios, como licenciamento, vendas digitais e aluguel de filmes e conteúdo de televisão e assinaturas.





Relatório da Screen Digest afirma que os sites de compartilhamento de vídeos precisam se diversificar, principalmente diante do domínio do YouTube e do MySpace, controlados pela Google e pela News Corp., respectivamente. – Reuters

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