O ÚLTIMO A SABER
Nos meios políticos ou na chamada rádio peão, ninguém questiona mais se o médico Athos Avelino é ou não é um bom prefeito. Sem uso de lupa, é fácil enxergar que – nem de longe – agrada sequer aos ativistas que envergaram sua camisa nas eleições de 2004. Não se questiona mais nem mesmo se tem ou não boas intenções.
Por outro lado, é voz corrente que, a despeito de seus parentes em funções estratégicas, normalmente é o último a saber das coisas. A repentina retirada de campo de João Batista Silvério, da pasta da saúde, por exemplo, reforçaria essa tese: como gestor, passaria mensalmente por suas mãos – idôneas, aos nossos olhos – três vezes mais recursos do que supunha o prefeito.
Pelo que fomos informados, o setor movimentaria mais de três milhões de reais/mês, valor infinitamente superior ou orçamento da grande maioria das prefeituras da região, e, ainda, duas vezes mais do que imaginava seu superior imediato. Como informação é poder – por falta de competência ou mal maior – o mesmo não tem sido exercido de modo a transformar as juras de campanha em realidade.
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SAÚDE – Ainda acerca da secretaria de saúde, mesmo dentro do grupo do prefeito poucos sabem as razões que o levaram a trocar JB Silvério por Júnior Souto. Um dos médicos-sanitaristas mais respeitados de Minas, JR teria tido dois anjos da guarda de respeito: seu parente Humberto Souto e seu padrinho Arlen Santiago. Entretanto, é bom que se informe aos desavisados que além - de ter presidido o conselho dos secretários municipais de saúde de Minas – JR, só no atual mandato de prefeito, foi secretário de saúde de Salinas, Capitão Enéas e Januária. Pela ordem.
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Dizem que Montes Claro vai ter outro Darcy Ribeiro depois que nascer dois Lucianos Pavarottis e três Pelés. Ainda assim, só em 1989 realizou seu sonho de menino, ser coroado Imperador do Divino, nas festas de agosto. Respeitadas as devidas proporções, o ex-ministro do Tribunal de Contas da União, deputado federal Humberto Souto, um colecionador de comendas, só no último sábado deu por completa sua coleção de honrarias. Recebeu de Téo Azevedo a Toalha de Alto Belo, com a qual os foliões distinguem seus maiores benfeitores, desta feita, em edição especial, comemorativa ao jubileu de prata dos festejos.
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STAND BY – Ex-vereador, ex-canditato a vice-prefeito, ex-candidato a deputado federal, o peso pesado Paulo Lopes estaria lambendo suas feridas em Tocantins, onde sua boiada é criada na solta. Do ponto de vista político, provou não ser bom estrategista. Em 2002, optou pelo PSDB e deixou de ser um dos federais mais votados do PL. Em 2004, dobrou com Tadeu Leite achando que ganharia dividendos de seu eleitorado cativo. Ano passado, mesmo plagiando o slogan de campanha do ex-prefeito, o naufrágio foi inevitável. Em compasso de espera no campo da política, treina para entrar em forma naquilo que faz de melhor: ser lobista em Brasília.
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TEMPO AO TEMPO – Aliás, é compreensível a postura de Paulo Lopes, com quem – é bom que se alerte – não é bom nem tocar no assunto nessa hora. Nada melhor do que o tempo para direcionar a proa do barco, se é que os ventos voltarão a soprar a seu favor. De qualquer forma, segue a fórmula de tantos outros que naufragaram e depois ressurgiram das cinzas: fazer de conta que está morto e de tudo para não feder. Tadeu Leite, por exemplo, no nosso modesto entendimento, foi eleito no ano passado muito mais pelo voto anti-Athos do que por qualquer mérito de sua coordenação de campanha. A cada pleito - diga-se de passagem - mais amadora.
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Fruto da safra inaugural de jornalistas da Funorte, a ex-modelo montesclarense Gerusa Brandão foi plantar sua sementinha em outras plagas. E que responsabilidade: é assessora direta do Secretário de Comunicação de Santa Cruz de Cabrália, Cláudio Bonett. Colhe os primeiros frutos em território distante 20 km de Porto Seguro, onde o Brasil passou de fato a fazer parte do mapa. (Fotos:Manoel Freitas)