Coluna Circulando, por Bia Andrade: publicação de sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Jornal O Norte
12/01/2007 às 12:21.
Atualizado em 15/11/2021 às 07:55



 

Haja paciência.





Como anda barulhento o centro de Montes Claros. A poluição sonora está chegando ao seu limite. Além do calor insuportável dos últimos dias, nosso centro é cada vez mais invadido de bicicletas e carros de som, que desrespeitam os pedestres. Tudo bem, que janeiro é o mês das promoções, mas assim já é demais/image/image.jpg?f=3x2&w=300&q=0.3"center">.........................................



All Bar


Hoje 12/01 e sábado no All Bar tem show da banda Mandrack, de BH, com muito pop rock no trevo do aeroporto. Informações: (38)3123-5060


 


Exposição Sobre Guimarães Rosa



No Montes claros Shopping de sobre a obra de Guimarães Rosa e 50 anos do livro de João Guimarães Rosa: Grande Sertão Veredas. É uma exposição autoral através de pequena antologia ilustrada onde serão expostos mais de 30 painéis contendo a biografia, a bibliografia e comentários sobre o autor, além de trechos significativos de sua obra. A exposição está no Mall das Faculdades Santo Agostinho, próximo à praça de alimentação das 10h às 22h. Informações: 3214-3300

Bom Bar


Dia 12 e 13/01 tem muito agito na nova casa noturna de Montes claros, o Bom Bar (antiga Usinna Hall) no centro da cidade com lounge e decoração especial. Informações e reservas: (38) 9102-9990.

Axé Minas 2007 - Brasília de Minas


Data: 12/01 a 14/01/2007, Ingressos: R$ 80,00 (abadás para o bloco) - valor antecipado.


As bandas Guig Ghetto, Rapazolla e Bartucada sobem no palco e no trio-elétrico para agitar os micareteiros. Informações (38) 9125-0977

Play Férias:


De 15 a 26/01/07 tem colônia de férias no Montes Claros Shopping, com danças, brincadeiras e gincanas. Crianças de 4 a 12 anos. R$ 30,00 incluindo lanche e camiseta. Informações: (38) 32143300

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Perfil




Nairlan Clayton Barbosa Silva







Muita gente tem curiosidade sobre aquela linda voz que ouve no rádio ou nos comerciais de Tv. A partir desta coluna estarei destacando os profissionais da área de comunicação com um perfil bem light. Nosso primeiro convidado é  Nairlan Clayton Barbosa Silva, de 36 anos, locutor da Rádio Unimontes FM – 101,1, e que também atua como publicitário.





Paixões: Clube Atlético Mineiro


Esporte: O bom, velho e eterno futebol/image/image.jpg?f=3x2&w=300&q=0.3"justify">O que não pode faltar no seu guarda roupa: Uma camiseta simples de manga de preferência de algodão e de cor branca pra eu colocar no fim de um exaustivo dia de trabalho.

Sonho de consumo: Dançar tango em nel camiñito em Buenos Aires.


Maior mico:  Me levantei pra aplaudir em um evento e a cadeira onde eu estava caiu pra trás...eu não perdi a pose. E continuei batendo palmas... mas foi vergonhoso.

Balada: Sou meio anti-balada. Curto mesmo é um bar chamado azul-e-branco, apesar de ser atleticano, na rua Melo Viana do meu amigo Jomar. Meus sábados são melhores com ele. Não o trocaria por qualquer balada em Montes Claros, BH ou Bruxelas.

Melhor viagem: Rio de Janeiro, não foi só a melhor viagem, mas o lugar que mais me identifiquei. Morar no rio foi a melhor experiência que tive.

2007: Que as pessoas sejam profissionais, que se reciclem a cada dia, mas que, sobretudo, sejam amigas, de verdade, assim como nos velhos tempos em que o coleguismo fazia parte do nosso cotidiano.

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Aninha, Gutemberg Brilhante e


Bia Andrade em clima de Axémontes.


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Laranja Lisboa





Vinha caminhando pela Avenida Mestra  Fininha, apressada para chegar à faculdade, quando me deparei com a casa da esquina, e aquele imenso pé de laranja Lisboa, uma fruta gostosa com a qual eu me deliciava na infância. Onde vivia cercada de plantas, no enorme quintal, junto de meu pai que passava a maior parte do dia remexendo a terra, podando, adubando e se divertindo com aquele ritual diário; lá havia várias espécies raras como o pé de Lisboa, que era seu xodó e cuja muda tinha sido trazida de Portugal pelos seus antepassados, assim como as roseiras brancas e vermelhas do nosso jardim.

A Lisboa era uma árvore grande e frondosa, com frutos amarelos do tamanho de um melão. Em seu tronco meu pai colocou vários enxertos de orquídeas. Ela ficava bem no meio do quintal de onde todos podiam admirá-la. Era como um lustre de cristal, que cintilava, iluminando todo aquele cenário verde.


Aos poucos fui me apaixonando pela Lisboa e por todas as plantas daquele mundinho. Passava horas molhando as samambaias de minha mãe e o jardim do meu pai, que até hoje é minha paixão. As roseiras já têm mais de cinqüenta anos e se renovam a cada primavera; o pé de Lisboa não existe mais, mas minhas lembranças e o amor pelas plantas continuam, e me orgulho de poder cuidar do jardim de meu pai. Sempre lembrando do que dizia em relação às plantas: - As plantas são como as pessoas, precisamos cuidar delas com muito carinho, com água na medida certa, terra boa. Elas sentem quando estamos tristes ou alegres e, principalmente, as energias negativas das pessoas, que são capazes de matá-las com apenas um toque.





Ele dizia isso se lembrando de uma velha vizinha, que ao colher limões em nosso quintal deixou a planta doente, ficando seca de um dia para o outro. 





Nunca vou esquecer da tristeza de meu pai, ao ver o limoeiro todo murcho. Mas a vida segue e agora sigo sem ele, mas com minhas lembranças e cercada pelo amor de minhas plantas, principalmente das rosas vermelhas que não falam, mas transmitem tudo que preciso para me sentir mais humana e em paz.   


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