Cassinos e paraísos fiscais, investimentos - por Ajax Tolentino

Jornal O Norte
Publicado em 16/05/2008 às 10:43.Atualizado em 15/11/2021 às 07:33.

Ajax Tolentino



Existe uma meia dúzia de cassinos famosos no mundo, como o de Las Vegas, em Nevada, de Nassau, nas Bahamas, o Sun City, na África do Sul, de Mônaco, na França. Recentemente, na China, foi feito um grande. Dizem que é uma maravilha, com hotel e outros confortos, onde se gastou muito para construí-lo. Falam ser esse o maior e mais luxuoso do mundo, que foi entregue para os baleias, pessoas que vivem nos cassinos jogando.



Os cassinos e os paraísos fiscais são das maiores fontes de renda do mundo. Nesses lugares, para atrair os investidores, cobram pequeno tributo, ou às vezes nada cobram. O modesto lucro e a grande quantidade de capital aplicado fazem a diferença. Em muitos países do mundo a maior renda, ou a única, vem das casas de jogos e dos locais de aplicação de dinheiro. 



O Brasil possui outras grandes fontes de renda, exploração dos cassinos e os paraísos fiscais. O lucro dos paraísos é de frações, enquanto que o lucro de um cassino, teoricamente, é pequeno, de 1 a 2 %. Mas este cálculo é feito matematicamente. Na verdade, isso não acontece em regra geral, há distração das pessoas, e ainda o barulho da movimentação, para atrapalhar a concentração dos jogadores. Por isto, o valor do lucro sobe para 20% ou mais.



Os maiores países do mundo que exploram o turismo, em regra quase geral, têm cassinos e muitos deles paraísos fiscais. A proibição de tais estabelecimentos no Brasil é uma péssima herança adquirida, feita pelo então presidente do Brasil Eurico Gaspar Dutra, em 1946, num ato impensado. E por esse ato o Brasil está deixando de arrecadar, em razão das casas de jogos clandestinos. Também por não possuir local para aplicação de dinheiro com pequeno lucro.



Pela ignorância dos nossos dirigentes, a renda dessas casas é para a clandestinidade, ou para outros países. Eles temem que, com a legalização dos cassinos, a arrecadação das loterias diminuiria, trazendo prejuízos para as aplicações sociais. Mas isto certamente não aconteceria. Quase todos os que jogam nas loterias não têm condições financeiras para ir a cassinos. Assim, é um engano. Só os ricos, e na maioria turistas, jogam em cassinos.



Há ainda os locais para aplicação especial de capitais, e locais de jogos poderiam ser localizados em partes especiais. O Brasil possui tantos locais turísticos e muitas ilhas que serviriam para isso. A China teve que soterrar parte em ilha, para construir um cassino. E no nosso país isso não seria necessário. Assim, essas casas e locais de aplicação poderiam ficar em lugares especiais, sem trazer transtorno para os brasileiros comuns.



Os países asiáticos, notadamente o Japão e a China, estão tomando conta do mundo financeiro. Não só pela produção industrial, mas também pela arrecadação do turismo, dos cassinos e nos paraísos fiscais. Assim, nossos dirigentes há muito tempo já deveriam ter partido para a abertura de casas de jogos e paraísos fiscais, a vanguarda da economia do primeiro mundo.



Só Brasil e Cuba, no mundo do turismo, não têm cassinos e paraísos fiscais. Com todo respeito aos dirigentes brasileiros, é muita ignorância agir assim, pensando diferente de todo o mundo, e não colocando paraísos fiscais e cassinos no Brasil.

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