Reinaldo Corby
Pós graduando em Políticas públicas municipais
O caos que se encontra a saúde pública no Brasil e especialmente Montes Claros, capital do Norte de Minas, que congrega uma população dependente direta ou indiretamente da estrutura instalada no município referente à saúde, de aproximadamente 1.000.000 habitantes, sendo um pólo regional e também econômico e político. Esta região possui grandes carências de políticas públicas especialmente na área da saúde, pois o estado transfere para os municípios todas as obrigações e o mesmo não transfere recursos suficientes para os municípios arcarem com esta responsabilidade, ou seja, o famoso pacto federativo que tanto se discute entre os políticos, mas nada é efetivamente definido.
A União recebe a maior parte do bolo da receita dos impostos e não faz a distribuição equitativa. O município, que vive diretamente com os problemas sociais, e especificamente na área da saúde, é onde vive o cidadão que é obrigado a se responsabilizar pelos mesmos.
No caso específico de Montes Claros a situação só tende a se agravar, uma vez que Montes Claros é um centro referencial para a região, com atendimentos de alta e média complexidade de toda a região. Nós montes-clarenses ficamos a mercê de todo o processo.
Sendo assim, não se pode transferir o problema para o gestor público municipal, pois milagre somente um é capaz de fazer: DEUS. Apesar de tudo que foi falado anteriormente, podemos dizer sem sombra de dúvida que a nossa secretaria de saúde está se empenhando para resolver os problemas, como a adoção de um novo programa público implantado por ela, onde alguns postos de saúde localizados nas macro regiões de nossa cidade estão atendendo em horário prorrogado, proporcionando um alívio à população tão carente e também utilizando-se do protocolo de Manchester que alivia a rede hospitalar.
Para que estes programas sejam feitos, verbas que seriam aplicadas em obras e infra-estruturas são desviadas para a saúde, fazendo com que o município assuma uma responsabilidade constitucional em relação à saúde pública de aproximadamente cento e cinqüenta mil reais, para não deixar de atender os montes-clarenses, desfalcando os cofres municipais.