André Senna
Colaboração para O NORTE
O que pude observar no Banco do Brasil de Montes Claros, agência da Avenida Sanitária, é uma verdadeira afronta aos direitos humanos. Sem água para beber, sem lugar para se sentar e com demora média de mais ou menos três horas de fila. Não que eu estivesse na dita fila. Fui chamado ao local para testemunhar a situação calamitosa por uma aposentada que não quis ser identificada. Junto com ela muitos manifestaram a insatisfação e indignação com o tratamento oferecido pelo banco.
São pessoas já de idade avançada e de forma nenhuma deveriam naquela altura da vida estar passando por um caos estrutural. Não sei de quem é a culpa. Uma coisa é certeza, dos clientes é que não é. Uma atitude deve ser tomada em regime de urgência. Mas como ninguém vem a público, ou melhor, poucos têm a coragem de enfrentar os gigantes (bancos), tudo continua como sempre, ou melhor dizendo, pior, muito pior.
Não adiantou colocar fila destinada a atendimento especial. Se aquilo pode ser chamado de especial então o convencional é insuportável. Gestantes e idosos passando mal para retirar seu suado pagamento de servidor. Trabalho de uma vida inteira. Gente humilde e desrespeitada. Deixo o meu apelo em nome de todos aqueles que me incentivaram a escrever este texto. Já não bastam as dificuldades rotineiras, os aposentados e pensionistas agora tem mais este problema que parece não está sendo solucionado. Ou melhor, parece não ser tão grave para quem só tem a ganhar com tamanho movimento.
Não sou contra a movimentação financeira. Mas o mínimo de dignidade deve prevalecer. Ninguém merece tal sofrimento como o aqui relatado. Tenho certeza que providências serão tomadas pelas autoridades competentes. Por enquanto fica aqui o protesto e a indignação.