Wanderley Patrício Filho *

O ódio, como um micróbio, rivaliza as nações, separa os homens e destrói a paz, desaparecendo para sempre a solidariedade e a fé, ponto de apoio e alicerce de um futuro promissor. Enquanto uma nação constrói engenhos e engrenagens visando à dizimação do seu inimigo, esse suposto inimigo desenvolve, por sua vez, mecanismos e máquinas, também com o sentido da defesa e destruição. E os povos, vítimas inocentes das tramas e artimanhas arquitetadas por um governo corrupto, cada vez menos acreditam que a solução imediata para a paz seja a própria paz, no sentido nobre da palavra, tão envolvidos e descrentes se tornam da atual situação mundial. Homens como Jesus Cristo, Gandhy, Maomé, São Francisco de Assis e outros, que plantaram a semente da liberdade duradoura e a paz entre os povos, foram exemplos e vítimas da ambição e do abuso de poder e pereceram dando suas vidas à execução do carrasco.

Infelizmente, a solidariedade e solução para a paz no mundo terão que ser regadas pelo sangue de irmãos... Sim, pois todos os povos, sem distinção, sem divergência de classes, sistemas políticos, cores e nacionalidade, são uma só família, apenas separados pela ganância e pelo ódio de governantes mal escolhidos e tirânicos.

E o homem, tão insignificante, com o poder nas mãos, prefere alimentar esse ódio que plantar a semente da sabedoria e colher os frutos que só a paz e a solidariedade solidificam.

Não é pelas guerras que se consegue a paz, nem pelas armas que se obtém a sabedoria, nem tampouco pela força que se adquire o respeito e a harmonia.

Os exemplos que nos legaram os homens que lutaram pela igualdade e por um futuro proemitente são inúmeros e servem de prova de que as guerras jamais solucionam os problemas dos povos, ao contrário, como um micróbio, vão se alastrando de geração em geração, até o caos total, até o dia do juízo final.

* Aprendiz de escritor