Temos visto o envelhecimento sendo tratado como um problema tanto econômico quanto social no mundo todo. Quando olhamos para países desenvolvidos, isso fica evidente ao analisarmos o déficit de população economicamente ativa e a necessidade de assistência às pessoas idosas.
Sgundo um estudo recente divulgado pelo IBGE, a população economicamente ativa – entre 17 e 70 anos – vem apresentando aumento constante desde a década de 90. Mesmo que encarar o envelhecimento como um problema seja estrutural, é possível notar um grande avanço quando falamos de valorização da experiência, longevidade e aumento da expectativa de vida.
Segundo o IBGE, em 2012, a porcentagem de indivíduos 60+ ativos era de 5,9%. Em 2018, o índice aumentou para 7,2%. São 7,5 milhões de idosos atuando como força de trabalho no Brasil.
A atuação dos profissionais seniores está em crescimento graças ao entendimento da própria capacidade e da força de trabalho experiente.
Movimentos de empresas abrindo vagas afirmativas para pessoas com mais de 50 anos representam um chamado e uma necessidade de mudança de pensamento do mercado focado na inclusão de pessoas com mais idade, valorizando a experiência e oferecendo novas oportunidades para que essas pessoas se sintam úteis e continuem no mercado de trabalho.
A questão da juventude está atrelada à criatividade e ao desejo de aprender, o tamanho do nosso desejo de aprender é a vitalidade da juventude que a gente tem. Tornou-se comum vermos pessoas com mais idade sendo arrimo de família, começando novos cursos, mudando de área de atuação, aprendendo coisas diferentes e ficando economicamente ativas por muito mais tempo.
Tempos atrás era comum encontrarmos profissionais com mais de 30 anos na mesma empresa ou, até mesmo, aqueles que tiveram apenas um emprego a vida toda, marca registrada a geração que ganhou o nome de Baby Boomer (nascidos de 1940 a 1960). Porém, com o aumento da expectativa de vida relacionado ao Índice de Desenvolvimento Humano, foi permitido ao ser humano se reinventar, mudar e recomeçar quantas vezes for necessário. O grande X da questão está em abrir espaço para que todos possam se sentir pertencentes, úteis e capazes.
*COO na MCM Brand Experience