Acabo de voltar de uma excelente viagem rumo ao conhecimento, utilizando como meio de transporte excelentes artigos e livros sobre saúde mental. Eles me transportaram para a Alemanha, onde fui recebido pela Dra. Christina Berndt, Phd em Psicologia. Fui logo pedindo para ela: – Por favor, me ensine algo que eu ainda não saiba e que tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.

Ela começou contando a historia de um menino que sofreu muito na infância. Ironicamente ele nasceu num pequeno vilarejo chamado Hope (Esperança) em Arkansas (EUA). Ele perdeu o pai ainda bebê e , quando menino, ele se envolveu precocemente em várias tentativas de proteger a mãe das garras do padrasto violento.

Numa dessas vezes, o padrasto chegou a atirar no menino e na mãe, mas como ele estava bêbado, errou a pontaria e as marcas dos tiros ficaram na parede. Mesmo assim, o menino acabou assumindo o sobrenome do padrasto, aos 14 anos. Passou a se chamar Bill Clinton e adulto se transformou em presidente dos Estados Unidos. Outra criança de outra constituição talvez tivesse sido destruída por esse ambiente familiar, mas Bill Clinton usou as circunstâncias para adquirir grande força de resistência psíquica.

Dra. Christina resumiu em seu mais recente livro “Resiliência” (best-seller na Alemanha) o que torna mais fortes pessoas que passam por enormes dificuldades e, mesmo caindo, se levantam e seguem em frente:

– Elas se preparam mental e fisicamente com sono reparador, alimentação saudável, exercícios físicos e relaxamento, principalmente men-talização positiva e muita meditação como arma anti-estresse. Mais do que pensamento positivo, adotam uma firme atitude positiva diante das dificuldades.

– Elas se inspiram no exemplo da pessoa mais resiliente que elas conhecem, cujo comportamento elas possam imitar na crise. A maior proteção de todas elas na vida são os laços – elas têm pelo menos uma pessoa de referência íntima (pais, parentes, amigos ou terapeuta) que lhes oferece apoio e orientação nos momentos mais difíceis.As pessoas mais fortes psiquicamente falando não são as que não têm problemas, ao contrário são as que mais sofrem,

*Palestrante, Consultor e Fundador do Blog do Maluco

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