A inovação gera competitividade no mercado nacional e internacional, cria novos mercados e gera novas formas de consumo. O fomento à inovação é um dos caminhos fundamentais para o Brasil voltar a crescer.
O austríaco Joseph Schumpeter (1911), economista e cientista político, já demonstrava a importância de se fomentar o empreendedor inovador – aquele que cria novos mercados e oportunidades de trabalho e propicia o desenvolvimento econômico.
Bancos e agências de desenvolvimento podem fomentar a inovação com financiamentos e taxas mais atrativas, melhorando as formas de garantias e sendo mais flexíveis e compatíveis com a era do conhecimento.
Ainda hoje, os bancos continuam com a mentalidade da era industrial no que diz respeito a garantias, o que impede o acesso de empresas de menor porte ao financiamento.
Hoje, existem poucas linhas de fomento para Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME), sendo que elas já representam mais de 90% das companhias brasileiras.
O país necessita estar em alerta para a transformação que estamos vivendo quanto à forma de consumo, as quais estão mudando de forma muito rápida e o mercado brasileiro precisa estar alerto a este movimento.
Quando se percebe que hoje assistimos a um filme, escutamos uma música, pegamos um táxi, nos comunicamos de forma diferente do que fazíamos há 10 anos, temos que parar para refletir sobre estas mudanças e dar oportunidade aos empresários brasileiros que também criem e se tornem competitivos.
Hoje, somos usuários de muitas tecnologias estrangeiras, como Netflix, Spotify, Uber e WhatsAp, as quais são casos de disrupção.
Dentro dessa ideia, faz-se necessário fomentar mão de obra qualificada a fim de criar novos empreendedores e suprir as demandas das empresas que já estão no mercado.
Também é essencial para o desenvolvimento do país aproximar a academia das Micro, Pequenas e Médias Empresas para que especialistas possam contribuir com a geração de novos produtos.
Países que estão atentos a este tema investem de 2,3% a 4,2% do seu PIB como forma de serem cada vez mais competitivos e ganharem espaço mundial.
Hoje, o Brasil investe menos de 1% do seu PIB em pesquisa e desenvolvimento. Quando aumentar estes investimentos, teremos um país mais próspero e mais competitivo na esfera mundial.
Diretora de Inovação e Fomento da Associação Brasileira das Empresas de Software ( Abes)