Cooperativismo

Remy Gorga Neto*
07/05/2022 às 00:20.
Atualizado em 07/05/2022 às 10:20

É intrínseco ao ser humano exercer a prática da cooperação e isso se manifesta em quase todos os momentos da nossa vida, nas pequenas e corriqueiras atividades familiares, em nosso trabalho, nas alianças estratégicas das grandes corporações e até mesmo nas nações, ao se unirem em blocos continentais e econômicos.

Podemos creditar a nossa sobrevivência, nos primórdios da humanidade, à capacidade de unir esforços para vencer as adversidades impostas pelo ambiente hostil, cercado de ameaças e com escassos recursos. A cooperação, inerente à essência do ser humano, tendo como objetivo o alcance de propósitos comuns, passa a se tornar um processo organizado com o surgimento do cooperativismo.

O modelo cooperativista, que traz na sua essência princípios e valores, estabelece uma correlação com a identidade humana que tem, na prática de valores e princípios morais e éticos, o alicerce que sustenta a estrutura da nossa sociedade. Dessa forma, com linhas orientadoras simples, sintetizadas nos sete princípios, o cooperativismo se consolidou e está presente no mundo há quase dois séculos.

Os princípios cooperativistas estabelecem um conjunto de diretrizes que orientam o funcionamento das cooperativas, tal como as pessoas se orientam por valores e princípios fundamentais em sua conduta social. A aplicação do modelo cooperativista nasce da carência das pessoas em suprir alguma necessidade que individualmente seria inviável e que, cooperando informalmente, seria inexequível.

Dessa maneira, o cooperativismo se distingue com a forma organizada de promover a cooperação entre as pessoas e tem a cooperativa como a entidade, personalidade jurídica, que, seguindo os preceitos estabelecidos pelos princípios conceituais do cooperativismo, coloca em prática o exercício da cooperação, atendendo e suprindo as necessidades das pessoas que voluntariamente se unem.

Essa união estabelece um pacto de cooperação cujo objetivo maior é o interesse coletivo em detrimento do interesse individual, resultando na redução dos custos, no ganho do poder de barganha e, consequentemente, no aumento da competitividade. Ao analisarmos que o exercício da cooperação está alicerçado em relações pessoais de confiança e solidariedade, que promovem a coesão associativa, percebemos mais uma correlação entre a essência do cooperativismo e a essência do ser humano.

Podemos afirmar que o cooperativismo tem se mostrado, principalmente nos dias atuais, como o modelo de negócios que mais reflete a face humana.

*Presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF

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