Ensina a tradição cristã que a fé sem obras é vã. As palavras só ganham força quando se traduzem em atos e ações.
O presidente de República Jair Bolsonaro usa os símbolos do país, mas as ações inaugurais do seu governo apontam para fazer do Brasil uma nação caudatária, colônia mesmo, das políticas e interesses dos Estados Unidos da América.
Onde fica a soberania nacional que se fundamenta na defesa do patrimônio e das riquezas do nosso país, em políticas voltadas para o desenvolvimento social e econômico, que considere em primeiro lugar os direitos do povo brasileiro?
Nacionalismo é traduzir na prática o Hino Nacional Brasileiro e fazermos com que o Brasil, este esplêndido e riquíssimo território integrado com a nossa história, a nossa cultura e realizações coletivas, se torne, de fato e de direito, a mãe gentil de todos os brasileiros e brasileiras, sem exclusões ou preconceitos.
O rumo para o qual aponta a política externa, a política econômica, as políticas públicas sociais, as políticas de segurança externa e interna é de total subordinação aos interesses dos Estados Unidos e aos interesses do grande capital transnacional que não conhece pátrias, só conhece e busca seus lucros.
Grandes estadistas de nações estrangeiras – de George Washington, primeiro presidente dos Estados Unidos, ao general e presidente francês Charles de Gaulle –foram convergentes e claros nas suas compreensões sobre as relações internacionais: as nações não têm amigos, têm interesses. Precisamos seguir seus bons ensinamentos e exemplos!
Na legislatura anterior (2015/2018) constituímos no Congresso Nacional a Frente Parlamentar em Defesa da Soberania Nacional, da qual fui secretário-geral, e o senador Roberto Requião, presidente.
A soberania nacional, de acordo com a nossa Constituição, integra-se com a soberania popular. Ou seja: precisamos, simultaneamente, preservar o Brasil com suas riquezas e as conquistas da nossa gente para as gerações futuras e assegurarmos, desde já, às gerações presentes os direitos que asseguram o exercício da nacionalidade e da cidadania.
O Brasil não é propriedade dos donos do dinheiro, é propriedade sagrada dos mais de 209 milhões de compatriotas brasileiros.
Propriedade também dos brasileirinhos e brasileirinhas que estão a caminho para participarem um dia do grande mistério da aventura humana nas terras brasileiras.
Que nós saibamos preparar bem a sua acolhida!