O amor é parte integrante e fundamental da vida humana. Através dele nos conectamos com o mundo e as pessoas a nossa volta – seja no amor romântico, fraterno ou até mesmo animal. Mas, ao contrário do que muitos pensam, não se trata apenas de um sentimento e sim uma necessidade primordial do ser, um dos elementos do que a psicologia chama de “ambiente facilitador”.

O ambiente facilitador é aquele que oferece um espaço seguro e confiável para o desenvolvimento humano. Um local onde podemos expressar livremente nossas emoções e sermos aceitos incondicionalmente. Quando as demandas afetivas são supridas, nos sentimos queridos e seguros, o que permite o desenvolvimento de uma personalidade saudável e equilibrada.
Por isso é normal a sensação de conforto ao abraçar um ente querido, acordar ao lado da pessoa amada ou ser recebido aos pulos pelo nosso bichinho de estimação. O amor é uma força vital, base da empatia e da compaixão, e se manifesta de diversas formas, sendo a principal característica de qualquer relacionamento interpessoal. Apesar disso, nunca é perfeito.
Ele também é composto por uma dimensão de frustação – isso porque nos acostuma a ouvir o “sim” e dificilmente nos prepara para um “não”. O amor verdadeiro é aquele que reconhece e respeita os limites do outro, evitando uma relação de dependência ou destrutiva. É, ao mesmo tempo, eterno e passageiro, e tudo bem ser assim.
Não restam dúvidas de que se trata de uma das forças mais poderosas e transformadoras da natureza. Uma emoção complexa que pode ser expressa de diversas maneiras. É afeição, carinho e cuidado. É platônico, romântico e banal. É, em sua maioria, positivo. É aquilo que existe de mais importante na sociedade. É o que nos torna humanos, e o que deixa o mundo cada dia mais colorido. Nas palavras da rainha do rock brasileiro, “amor vem de nós, e demora”.

*Cristina Navalon é psicóloga com formação pela Universidade Metodista de São Paulo com especialização em Psicanálise do Adolescente, Psicossomática e Doenças Mentais.

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