O impacto causado pelas redes sociais em nosso dia a dia é espantoso. Já são 120 milhões de brasileiros usuários de internet, segundo dados do IBGE, e, mais que uma rede de relacionamento, elas se tornaram uma ferramenta importante para as estratégias de marketing de empresas em todo o mundo.
Há dez anos, Barack Obama usou as redes e o marketing digital como parte de sua estratégia eleitoral. E foi o primeiro case de sucesso nesse sentido. Nas redes, Obama poderia se expor num tempo muito maior do que o da TV, criar uma relação de proximidade com seus eleitores e, mais do que isso, conversar de forma individualizada com cada perfil de eleitor e ouvir o que eles tinham a dizer. Assim, era possível criar uma relação de proximidade com seu eleitorado.
Deu certo! E, como todos sabem, ele foi eleito presidente dos Estados Unidos.
No Brasil, muitos candidatos já utilizam, há algum tempo, as redes sociais para falar com seus eleitores. Porém, o que se viu nas atuais eleições foi uma conversa de muitos para muitos. A mensagem não esteve mais centralizada nas mãos dos candidatos, era potencializada pelos próprios eleitores. Isso porque, hoje, somos muito mais influenciados por pessoas próximas do que por marcas ou especialistas em determinado assunto.
É esse comportamento que torna as redes sociais tão poderosas. Criar uma mensagem viral, capaz de se espalhar por meio do ambiente digital é um dos grandes desafios do marketing atual. Portanto, mais do que buscar atingir o maior número de pessoas possíveis em uma comunicação unidirecional, a estratégia dos candidatos precisava se multiplicar através dos inúmeros porta vozes, famosos e anônimos, nas redes sociais. Esse fenômeno tem sido chamado de marketing conversacional e visa, obviamente, promover debates e conversas que irão ajudar a multiplicar a dar legitimidade a uma mensagem.
De uma maneira geral, as redes sociais potencializaram e deram voz ao eleitor de uma maneira nunca antes vista em eleições passadas, gerando um debate grandioso e volumoso em informações.
A discussão saiu das conversas de rua, dos bares e do trabalho para o ambiente virtual. O que, provavelmente, fez com que as pesquisas pré-eleição apresentassem uma variação considerável, já que não foram capazes de capturar esse comportamento online nos dias que antecederam a votação do primeiro turno.
Assim como aconteceu com marcas e empresas, o marketing digital e as redes sociais estão democratizando a batalha entre grandes e pequenos.
Já não existem barreiras para se comunicar e ouvir o que o eleitor tem a dizer. Aqueles que forem capazes de explorar esses canais para apresentar propostas, criar uma relação transparente e de proximidade, estarão um passo à frente.