*Manoel Hygino
O Brasil está na 38ª posição entre 40 países no ranking internacional de educação da Economist Inteligence Unit & Pearson International, subindo um ponto. O levantamento leva em conta diferentes avaliações, relacionando-as com a produtividade do país, enquanto o índice considera habilidades cognitivas e taxas de aprovação. O último lugar está com a Indonésia, coitada! Coreia do Sul e Japão assumiram a liderança, até aqui da Finlândia na maioria das avaliações.
Pesquisa do IBGE aponta para a queda de 1% na taxa de analfabetismo dos brasileiros com idade entre 10 e 14 anos, relativamente a 2009. Em 2004, uma década atrás, 10,5% dessa população era analfabeta. Agora, só 1,9% o é. A faixa acima de 18 anos ainda tem 9,1% de analfabetos. As mulheres brasileiras são mais escolarizadas, embora com média de 7,5 anos de estudo. Este dado serve para, ao lado de outros, justificar porque elas estão ganhando terreno e assumindo funções dos homens.
Ivan Varella diz ter-se cansado de escrever para deputados e senadores, para que pedissem aos coreanos para ensinarem como houve o “milagre” lá. Um país de analfabetos se transformou em nação de população instruída, educada e que demonstra grande conhecimento tecnológico.
Tudo começa na escola, que pode ser entre nós, como a de Miraí (MG), cantada em música e letra de Ataulfo Alves. O grupo escolar era tão bom, lembra Varella, que ele próprio começou o curso médio sem o antigo “Admissão ao Ginásio”. Hoje as unidades escolares servem mais de palco para agressões dos alunos a suas professoras, como se verifica pelo noticiário da imprensa.
Provas do Enem não fazem somente avaliação do que sabem os candidatos: também se prestam a revelar o seu grau de ignorância. A cada ano, pérolas são extraídas desse exame, tão importante para o país. Eis algumas colhidas em vários estados:
“República do Minicana e Aiti são países da ilha América Central”; “O Brasil não teve mulheres presidentes, mas várias primeiras-damas foram do sexo feminino”; “Vasilhas de luz refratória podem ser levadas ao forno de microondas sem queimar”.
Há mais: “O bem estar dos abitantes da nossa cidade muito endepende do governo federal capixaba”; Animais vegetarianos comem animais não-vegetarianos”; “Não sei se o presidente está melhorando as insdiferenças sociais ou promovendo o saneamento dos pobres. Me preocupa o avanço da violência urbana”; “Fidel-Castro liderou a revolução industrial de 1917, que criou o comunismo na Rússia”; “O convento da Penha foi construído no céculo 16 mas só no céculo 17 foi levado definitivamente para o alto do morro”; A História se divide em 4: Antiga, Média, Momentanea e Futura, a mais estudada hoje”; “Os índios sacrificavam os filhos que nasciam mortos matando todos assim que nasciam”; “Bigamia era uma espécie de carroça de gladiadores, puchada por dois cavalos”.
E muito mais se aprende com as provas do Enem: “A Previdência Social assegura o direito a enfermidade coletiva”; “Os egípcios dezenvolveram a arte das múmias para os mortos viverem mais”; “Ateísmo é uma religião anônima praticada escondido”; “Na época de Nero, os romanos reuniam-se para rezar na catatumbas cristãs”.
É genial.