Por Ricardo Junior
Reunir cerca de 5 milhões de pessoas significa muito contra a discriminação de gêneros e à favor dos direitos humanos. A Parada do Orgulho Gay de São Paulo se transformou na maior do mundo e é manchete e destaque nos mais importantes tablóides europeus, americanos, canadenses e outros países ricos. A fantástica festa com trios elétricos, shows, artistas, famosos e muita diversão é apenas o ápice de vários dias de Seminários, palestras, exposições e discussões entre ativistas à favor dos direitos humanos. Os organizadores da parada, que acontece em todos os estados e várias cidades do Brasil (em Montes Claros será dia 20 de junho), avaliam que o Estado ainda deve direitos civis básicos aos homossexuais, como União Civil, adoção e extensão de benefícios aos companheiros.
Direitos iguais. Nem mais, nem menos. Esse é o pedido do presidente da Associação da Parada de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros de São Paulo (APOCLBT), Alexandre Santos. Entre as conquistas da Associação está a criação do Programa Brasil Sem Homofobia, do governo federal e a 1ª Conferência Nacional GLBT, prevista para junho, em Brasília, com total apoio dos políticos solidários ao causa.
Fiz uma pesquisa sobre a constituição nos estados brasileiros. A constituição não cita o preconceito por orientação sexual entre as formas de discriminação. Três constituições estaduais, do Mato Grosso, Sergipe e Pará, no entanto, proíbem esse tipo de discriminação. Outros cinco têm legislação específica: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
A parada deste ano tem como tema: “Homofobia mata! Por um Estado laico de fato” e quer sensibilizar os parlamentares para que aprovem no congresso o projeto de lei 122 de 2006, que torna crime a homofobia. O que já deveria acontecer a mais tempo, punindo as pessoas que descriminam e inibindo manifestações preconceituosas. Seria mesmo um instrumento de educação e contra a violência.
Em Montes Claros, uma cidade de coronéis, tenho visto que a educação, especialmente através das universidades, tem mudado a história. No ano passado, a Avenida Deputado Esteves Rodrigues ficou cheia de simpatizantes que aderiram com muito respeito e total entrosamento. Neste ano, se espera um público recorde.