Angela Maggio da Fonseca


Graduada em Ginecologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Por um lado, elas estão mais seguras, mais independentes, mais decididas. Por outro, a pele dá os primeiros sinais do tempo, o fluxo sanguíneo aumenta e o metabolismo diminui. O que fazer?

Depois dos 30 anos, as mulheres passam por uma série de transformações. Do ponto de vista social, estão no auge da vida profissional. Mas a saúde requer cuidados: o corpo começa a dar sinais de que precisa de mais atenção. A velocidade metabólica cai, em média, 1% a cada ano - o que dificulta a perda de peso. É nesta época, também, que aparecem os temidos vasinhos sanguíneos nas pernas e nos pés. A pele também sofre transformações e começa a perder a elasticidade.

Outra questão que incomoda a classe feminina no pós-30 é a menorragia (aumento do fluxo menstrual), que pode interferir no humor, na vida social e até mesmo sexual das mulheres. Fazer atividades físicas é desanimador. Algumas delas, inclusive, nem conseguem sair de casa devido à intensidade do problema. O sangramento menstrual excessivo é relatado, a cada ano, por cerca de 3 milhões de mulheres em idade reprodutiva.

Cremes para queima de gordura, alimentação saudável e ingestão de cálcio podem ajudar a reduzir estes problemas. Quanto à menorragia, pesquisas recentes - divulgadas no 58º Encontro Clínico Anual do Congresso Americano de Ginecologistas e Obstetras, mostram que há tratamentos terapêuticos  que reduzem os índices de perda sanguínea menstrual e melhoram a qualidade de vida. Como exemplo, o DIU de progesterona e o ácido tranexamico. Este último, reconhecido este ano pela FDA (Food and Drug Administration) como o único tratamento não-hormonal para o controle da menorragia.