José Renato Oliveira
Caí na besteira de atender uma ordem expressa da patroa para dar um jeito no único utensílio de madeira para puxar água existente em casa. Moleza, pensei.
Ao primeiro solavanco que dei no infusado, usando uma faca de cozinha, abriu-se uma pequena cratera no dedo polegar. Fui obrigado a lançar mão de uma chave de fenda para desprender o maldito cabo. Nada. O dito cujo não arredou pé um milímetro sequer.
Depois de várias tentativas em vão, peguei um martelo e lasquei o bicho. Extermínio completo. Ficou assim. Nem eu consegui dar um jeito na peça, tampouco ela, partida ao meio, tinha mais serventia.
Sorrateiramente, corri ao supermercado mais próximo e comprei outro, zero bala. Minha esposa ficou feliz com o novo auxiliar de limpeza, e eu sobrevivi com um belo corte no dedo.
A velharia inútil foi despachada para o lixo, antes, porém, recebeu os nossos agradecimentos pelo seu trabalho.
A política em Montes Claros deve ser pensada assim: a novidade, o novo, deve ser testado. Sempre há esperança de horizontes mais claros. O momento no mundo é do empreendedor. A cidade deve ser cuidada como uma grande empresa que não usa métodos antiquados para ser administrada. O exemplo do rodo vem a calhar. Substitua sempre o que não funciona por algo novo que cumpra seu papel com segurança e qualidade.
As cabeças que fazem tudo encalhar e só desencalham ao apagar das luzes devem ser substituídas por mentes brilhantes que não deixam o barco afundar.
Gestão pública deve conter no seu bojo projetos arrojados e conscientes, para serem executados com dinamismo, a fim de beneficiar a sociedade como um todo.
E o resto que siga o caminho do meu velho rodo quebrado e vá ser reciclado em outra freguesia.
Em tempo: Notícias vindas de Ubaí dão conta de que o prefeito Dr. Marquim realizou um número expressivo de obras, todas prioritárias e com qualidade, o que lhe rendeu o maior índice de aprovação já visto na região, ancorado também pelo tratamento igualitário entre companheiros e adversários.