Sólon Diniz Cavalcanti
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Salmos 68:16 Por que olhais com inveja, ó montes elevados, o monte que Deus escolheu para sua habitação? O Senhor habitará nele para sempre.
1 Crônicas 29:1 Disse mais o rei Davi a toda a congregação: Salomão, meu filho, o único a quem Deus escolheu, é ainda moço e inexperiente, e esta obra é grande; porque o palácio não é para homens, mas para o Senhor Deus.
Deus escolhe os inexperientes, para que tenham a verdadeira experiência. Deus quando escolhe um homem experiente produz no escolhido um processo de esvaziamento. Moisés é um caso típico, pois aos quarenta anos de idade era capacitado em táticas de guerras, possuidor de toda a cultura egípcia, e foi levado ao exílio no deserto, para que todas as suas capacitações fossem levadas cativas aos pés do Todo Poderoso.
“Porque a glória não é para homens, mas para o Senhor Deus.”
Só depois de quarenta anos de exílio, já aos oitenta anos de idade, pode ser útil nas mãos de Deus, tornando-se o grande libertador de Israel.
Foram quarenta anos no deserto perdendo o jeito egípcio de ser, ganhando o estilo de Deus de resolver as coisas.
- Estamos habituados a um tipo de religião humana, cujo deus é o próprio homem e cuja glória é terrena
Isaías 58:6 Não! Não é esse o jejum que eu escolhi. Eu quero que soltem aqueles que foram presos injustamente, que tirem de cima deles o peso que os faz sofrer, que ponham em liberdade os que estão sendo oprimidos, que acabem com todo tipo de escravidão.
Estamos habituados a um tipo de religião humana, cujo deus é o próprio homem e cuja glória é terrena. A religião é uma das mais fortes paixões da alma, tem grande apelo emocional, e suas práticas funcionam como amortecedores da consciência.
“Não! Não é essa religião que Eu escolhi.”
Uma religião sem a preocupação com a injustiça e a opressão que agride o nosso povo não é a escolhida por Deus. Tal religião distribui máscaras aos fiéis que aparentam virtude, mas não escapam do olhar de justiça do Eterno.
João 15:16 Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi para que vão e dêem fruto e que esse fruto não se perca. Isso a fim de que o Pai lhes dê tudo o que pedirem em meu nome.
Ao ensinar aos apóstolos a função mais elevada de suas vidas, a razão da escolha fica patente nos demais versos do capítulo 15 do evangelho de João.
“Eu vos escolhi para amardes uns aos outros”.
O Senhor diz: no verso 9 “permanecei no meu amor”; no verso 12 que eles deveriam “amar uns aos outros, assim como eu vos amei”; no verso 17 “Isto vos mando: que ameis uns aos outros”.
1 Coríntios 1:27-28 Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são;
Jesus veio ao mundo na singeleza de um pombo, e assim, pode ser alcançado pela pessoa mais simples. Se o Filho de Deus encarnasse como um filósofo ou um grande imperador apenas as mentes mais sofisticadas o compreenderiam. Nas personalidades intelectualmente mais treinadas o orgulho humano é impedimento para compreender tanta candura.
“Eu escolhi as coisas loucas, fracas, humildes, e as desprezadas, e aquelas que não são.”
Na ótica de Deus o “sophos” é um tolo, mas quem reconhece a sua fraqueza temporal recebe a Espada eterna de Deus. O mundo escolhe os mais espertos, os valentes, os altivos, os que tripudiam sobre os outros, aqueles que “se acham”. Tão distante da escolha de Deus.
Por que olhais com inveja, ó montes elevados, o monte que Deus escolheu para sua habitação?