A nona hora

Jornal O Norte
29/07/2005 às 19:18.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:49

Raphael Reys *

Não apenas trilhar o caminho, mas alcançar a meta, nada mais é do que determinar-se a seguir, mas determinar-se vigorosamente e de todo coração, e não voltar-se ora para um lado ora para outro, com a vontade claudicante e em conflito, uma parte ficando e outra seguindo – Santo Agostinho.

Na jornada da vida, essa experiência transcendental que a vontade divina nos reservou por medidas e méritos, os quais escapam da nossa mais apurada avaliação, parece que só uma vontade vigorosa e nascida do nosso interior nos conduzirá ao alto. Se usarmos a razão para medir, para abalizar, ficaremos presos a um raciocínio mortal, falível. Shidarta Gautama, o Buda, nos instrui que, ao usar a razão, especialmente quando fomos feridos na alma, é o ódio que nos conduz na busca, portanto, um sentimento puramente humano, emocional, ilusório.

A vida é uma jornada individual, particular, íntima. Para cada qual há um caminho, na multiplicidade de caminhos que se nos apresenta. Ao buscarmos a trilha da realização, encontramos metas orientais, ocidentais, filosofias muitas e múltiplas, rotas com muitos nomes e designações; no fim do caminho, como sempre, haverá a luz! Buscamos na verdade um nirvana.



Entretanto, a hora que se nos apresenta mais importante é a nona hora, a hora do padecer, do sofrimento, da crucificação do Eu. Aí, estaremos nela, e é por ela que encontraremos nossa realização.  Todas as trilhas que nos surge, na verdade, são uma só/image/image.jpg?f=3x2&w=300&q=0.3"right">* Estudioso da alma e da razão

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