Clídio de Moura Lima
Quando o amor parte,
deixa
uma saudade incontida,
um grito interior ou uma dor querida.
Uma alegria saudosa,
gostosa,
águas passadas
não insípidas.
Odores d’amor.
Volver ao passado,
num passo relâmpago.
Antecipar o futuro,
pensar, num furo,
que se faz presente,
a gente...
Amor que parte...
Saudade que se esvai,
porque vais
voltar.
Assim, o presente não importa.
Reúno o passado
com o futuro.
Tu retornas,
não és mais ausente.
Agora, tenho o presente
novo.
Esse momento é bom tempo.
O amor não parte,
aparta os corações
a ausência.
Pobre ou rica,
a lembrança fica.