*João Antonio Pagliosa
Está findando mais um sábado. Para variar, mais um de cor cinza aqui em Curitiba e estou me preparando para encerrar o plantão, na função de corretor imobiliário.
É um trabalho agradável e o mercado está bem aquecido, entretanto nos intervalos de atendimentos temos muito tempo para planejar ações e refletir sobre tudo que ocorre a nosso redor.
Na agitação da cidade, o tráfego às vezes caótico em alguns pontos (quer o que, com média de 600 veículos a mais por semana, só na grande Ctba), o corre corre de veículos e pessoas e as situações inusitadas que frequentemente presenciamos, nunca tiram o meu foco. Tudo a volta é irrelevante porque o meu foco são as pessoas.
A elas quero dar atenção, ou através de um aceno, ou um aperto de mão, ou uma palavra amiga, um sorriso, ou um menear de cabeça.
E faço isso porque percebo a carência de amor e doação, pois lamentavelmente quase ninguém tem tempo para os outros. É muito triste e urge mudar para benefício geral.
Alguns dias atrás passei por duas adolescentes que sentadas na calçada, conversavam baixinho e entre carinhos notei que estavam muito emocionadas e quase a ponto de chorar. Passei por elas e meu filho de cinco anos me acompanhava. Então subitamente algo me fez voltar e abordei aquelas jovens, dizendo: Se alguma coisa deu errado na vida de vocês, qualquer coisa, NUNCA se desesperem. Tenham calma e confiem em JESUS e enfrentem o problema que está diante de vocês. Não se acovardem, não temam nada em tempo algum, porque DEUS ama TODAS as suas criaturas e NUNCA irá abandoná-las.
Então, uma das jovens começou a soluçar e irrompendo em lágrimas abraçou fortemente sua amiga. Afaguei sua cabeça e não perdi a oportunidade de abençoá-la e segui meu caminho sob o olhar atento e meio estupefato de meu filho que me fitava amorosa e sapecamente.
Frequentemente nos deparamos com cenas onde nosso semelhante está clamando por ajuda e o que ele mais precisa é calor humano, um pouquinho de atenção e a oportunidade de ser ouvido e de se expressar. Ele anseia por um minuto de seu precioso tempo.
Assim, quando ousamos sair de nossa zona de conforto e nos atrevemos a auxiliar nosso semelhante a levantar-se e encarar a situação com que se defronta, descobrimos a graça da vida.
O sentimento de satisfação que nos envolve, a alegria que se apossa de nós quando sentimos amor pelo nosso semelhante, é algo definitivamente DI VI NO.
Nada sobrepuja isso porque estamos obedecendo ao judeu nosso irmão mais velho que nos ensinou que devemos amar a DEUS sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos.
Não permita, portanto que os seus negócios por mais fabulosos que sejam, as suas atividades profissionais por mais importantes que sejam, sobrepujam a meditação e a reflexão sobre o significado real da vida.
Amigo, faça isso no seu cotidiano. Abra-se para o mundo e principalmente para as pessoas, fazendo tudo de coração e viva melhor, física e espiritualmente.
Sempre e de forma definitiva.
Eng, Agrônomo
joaoantoniopagliosa@gmail.com