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Domingo,12 de Janeiro

A força das mulheres

Jornal O Norte
Publicado em 17/04/2008 às 11:36.Atualizado em 15/11/2021 às 07:30.

Petrônio Braz



A mídia mundial destacou a fotografia de Carme Chacón, Ministra da Defesa da Espanha, passando em revista a tropa, grávida de sete meses. O governo parlamentarista espanhol, presidido por José Luis Rodrigues Zapatero, é composto por dezoito ministérios, dos quais nove são ocupados por mulheres, ou mais exatamente, a metade.



Não estamos mais no tempo das Amélias, das esposas dedicadas exclusivamente aos afazeres domésticos, afeitas a cuidar das roseiras e fornecer flores para as festas religiosas, caseiras e acomodadas.



Entre nós podemos lembrar de Emília Snethlage, desbravadora da floresta amazônica, ou de Josephina Álvares de Azevedo, defensora do voto feminino, exemplos de mulheres modernas, que impuseram as mudanças sociais. Há pouco mais de dois anos a ministra Ellen Grace assumiu a presidência do Supremo Tribunal Federal e Carmen Lúcia Antunes assumiu um lugar na Corte Suprema, sendo importante lembrar que até pouco tempo a carreira da magistratura era vedada às mulheres. Começaram como professoras ou parteiras e alcançaram o topo. A efetiva explosão do feminismo ocorreu a partir da década de 1960, com a liberdade sexual.



Não são poucas as mulheres que se destacaram no curso da histórica, embora tais destaques se definiram exatamente como um desvio da regra geral, um fato inédito, entre elas, começando com a primeira faraó do Egito Makare Hatshepsut (1503-1468 a.C), podemos citar Joana D’Arc, Anita Garibaldi, Catarina a grande, Cleópatra , Elizabeth I, Isabel de Castela, Maria Stuart, a Rainha Vitória, Margareth Thatcher,  a Rainha de Sabá, Chiquinha Gonzaga, Maria Quitéria, Lucrécia Mott, Maria Montessori, Rosa Luxemburgo, Marie Curie, Agatha Christie, Gabrielle Houbre, Madre Teresa, Irmã Dulce, Evita Perón, Anne Frank e tantas outras, sem nos esquecermos das sete musa, das amazonas e, principalmente, de Maria de Nazaré.



Mulheres como Cecília Meireles e Rachel de Queiroz não mais se destacam como pessoas que agiram e pensaram de forma diferente do comum e Cristina Kirchner é apenas mais uma administradora pública, por integrarem um conjunto harmonioso de grandes mulheres em todos os campos do saber e das atividades humanas.



No Brasil, como de resto em quase todos os países, as mulheres são maioria e já se comprova essa diferenciação numérica nas faculdades e em praticamente todas as profissões.



Em todos os países, exceto nos islâmicos, elas estão onde somente os homens estiveram antes: nas guerras, na política, na literatura, no futebol, na magistratura, no espaço sideral, em todos os campos da atividade humana.



Vai longe o 8 de março de 1857, quando operárias americana ocuparam uma fábrica reivindicando melhores condições de trabalho e equiparação de salários com os homens. Muitas morreram neste dia. Mas o 8 de março ainda é lembrado e foi definido mais de um século depois (1975) pela ONU, como o Dia Internacional da Mulher.



A “Vênus” do Paleolítico, esculpida há mais de vinte mil anos, mostra que a mulher era, desde tempos imemoriais, um ícone de maternidade. Todavia, sem deixar de ser mãe ele é pessoa humana. Pela sua feminilidade é a responsável pela preservação da espécie. Em seu ventre a humanidade se faz presente, em seus seios o ser humano encontra o primeiro alimento, a força da vida.

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