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Sábado,11 de Janeiro

A felicidade e o sofrimento

Jornal O Norte
Publicado em 12/03/2008 às 10:18.Atualizado em 15/11/2021 às 07:27.

Iran Rego


Médico Cardiologista



Fonte: Livro dos Espíritos


Allan Kardec.



Vivemos em um planeta de expiação , conforma a classificação do Livro dos Espíritos. As reencarnações sucessivas servem para vencermos ou não, as provas que nos são colocadas conforme o nosso programa re-encarnacionista. Não podemos esquecer, entretanto que, considerando o Livre Arbítrio, é o homem obreiro do seu próprio destino.



A Terra é péssima hospedeira e nós estamos sempre cometendo infrações e excessos e, por isso, somos infelizes, visto que na maioria as cobranças são imediatas.Por exemplo: se bebermos muito, teremos uma grande ressaca.



Na verdade, a nossa felicidade é relativa com os nossos objetivos, principalmente conforme a nossa posição social, econômica, cultural e até mental.



“O homem criterioso olha para baixo” e, se assim fizermos , veremos que seremos mais felizes. Sempre encontraremos alguém em maior sofrimento que o nosso. A resignação tem que habitar nossos corações e mentes, já que faz parte das provas que escolhemos ou que nos foram dadas.



A riqueza é uma prova perigosa, facilita a Luxúria, a Sensualidade e outros vícios. Não é por mero didatismo que Jesus disse: “Bem aventurados os que sofrem, pois serão consolados”. Porém, não podemos esquecer: os que sofrem com resignação, sem revolta contra Deus, é que serão considerados atenuados perante a lei.



A falta do necessário e da saúde são verdadeiras infelicidades, no entanto, os sofrimentos morais são os piores tormentos do homem e da mulher. A vaidade criticada, o orgulho ferido, a ambição frustrada, a avareza ansiosa, a inveja e o ciúme constituem fontes de longos sofrimentos para o encarnado e desencarnado.



A morte de entes queridos são sofrimentos que mais constituem provas ou expiação. A saudade é geral para todos, mesmo para nós espíritas, que compreendemos a morte como um verdadeiro renascer, e sempre se pode comunicar com quem amamos, mesmo depois da morte, e isto é uma consolação.



Viúvas que cultivam a dor contínua é desarrazoada pela falta de fé no futuro, e de confiança em Deus. Se o espírito é mais feliz no Plano Espiritual que na Terra, lamentar que tenha morrido é deplorar que ele seja feliz, pois, na verdade, o corpo carnal é uma prisão para o espírito.



Existem outras causas de infelicidade, as decepções e a ingratidão fazem sofrer apenas aqueles que são egoístas, pois destroem afeições às vezes construídas em longo tempo. A decepção afeta a saúde física e mental, e moralmente, quem é ingrato não é digno da nossa amizade. No entanto, chegar-se às raias do ódio é de um egoísmo irracional.



Por fim devemos falar um pouco do suicídio, o pior dos erros que o homem pode cometer, pois é como renunciar às provas que nós escolhemos ou nos foram dadas para nossa melhor evolução. É como se “tomássemos bomba” num ano escolar; teremos que repetir todas as provas, às vezes agravadas pela nossa falta de fé.



A primeira grande conseqüência do suicídio é o desapontamento, pois, na verdade, ninguém marre e, portanto não cessa o sofrimento; no pós-mortem imediato, o espírito sofre perturbações, assistem os efeitos da decomposição do próprio corpo e tornam-se “errantes” na superfície do planeta.

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