A discriminação da ministra

Jornal O Norte
25/02/2010 às 09:37.
Atualizado em 15/11/2021 às 06:21

Wilson Silveira Lopes


Advogado e servidor municipal

Eu imaginava que discriminação por excelência seria aquela que se faz contra deficientes físicos. Não imaginava, na minha santa crença, que esse tipo de discriminação pudesse servir para a chefe da Casa Civil, ministra Dilma Rousseff.

Nesses tempos de bondade com “excluídos”, fiquei chateado pra não dizer irritado, com essa discriminação contra dona Dilma do PT, fato este inconcebível e que ocorreu no plenário do Senado Federal.

Contrariada com as críticas dos opositores da ministra dona Dilma, a senadora do PT Cerys Slhessarenko deitou falação contra os senadores, ao argumento de que aquela críticas nada mais eram do que uma discriminação à mulher.

Como disse, fiquei chateado com este assunto de discriminação contra a ministra, visto que embora não ache correto a pregação oficial do governo em favor das chamadas “menoridades”, não posso, nem poderia aceitar discriminação de qualquer ordem e contra qualquer pessoa.

Mesmo que as mulheres no mundo todo sofram em diversas sociedades discriminação que corresponda à extrema violência e submissão, jamais poderiam ser admitidos como moralmente corretos esses preceitos em país qualquer que fosse. Poderiam até serem considerados legais sob a ótica do país que os adotassem, morais nunca!

Acho que a senadora Cerys, guarda em si mesma aquele comportamento tão próprio do PT, o seu partido, de se fazer de surdo e cego em combate para obter resultados que o demonstrem para a massa de desavisados deste país, que é simplesmente (ele, o partido) uma vítima da direita maldosa e insensata.

A senadora retrucou os opositores usando a “moral piegas da discriminação”, esquecendo-se de fato da verdadeira discriminação em relaçao à dona Dilma que é a de permití-la desde logo – embora seja proibido pela Lei Eleitoral – fazer campanha política aberta, com o respaldo, claro, do Sr. Lula.

Acho que neste caso nem todos são iguais, ou possuem direitos políticos iguais, penso que outros candidatos a presidência, desde logo já estão sofrendo o que de fato seria discriminação política, o que não combina com equidade e justiça!

A discriminação que sofre a ministra extrapola a decência, a honestidade, enfim, os limites do escândalo.

Pensando como a senadora Cerys, a princípio poder-se-ía acreditar numa discriminação positiva, aquela que se faz aos que portam deficiência física, mas não é, deu prá entender?

Bem discriminada, a dona Dilma recebe mais do que tratamento de gentileza ou cortesia, que normalmente os homens costumam dedicar às mulheres por questão de educação.

Pode se dizer que de fato não existe ninguém neste Brasil mais “discriminado” do que a dona Dilma Russeff.

Muito embora isto não seja tudo, soa como claro que é preciso atitude firme da Justiça Eleitoral , do Ministério Público Federal, e pelos abusivos desacertos na aplicação de recursos públicos, que também haja presença do Tribunal de Contas da União, para dar termo ao esbanjamento de recursos públicos ora direcionados à dona Dilma, figura altamente “discriminada” como candidata do presidente lula.

Como disse, isto não é mesmo tudo! Ainda recente, por ocasião da convenção do PT, o jornalista Nivaldo Cordeiro em artigo de sua autoria, destacou o receio dos grandes empresários de fazer frente ao projeto megalomâníaco desse partido, que pretende com a eleição da dona Dilma Russef dar continuídade à implantação do socialismo no Brasil e na América Latina,disse ele:

“Deprimente o papel do vice-presidente, José Alencar, entronizado como militante honorário do partido, com direito a crachá e voto na convenção. Um homem naquela idade, doente terminal, deveria ao menos cheirar a farsa apoteótica que foi o congresso do PT. Deveria pelo menos ter lido as “propostas” da candidatura. Mas nada: está completamente cego para os perigos que representam o continuísmo do poder petista. Vi na figura de José Alencar o conjunto dos empresários petistas, de banqueiros e industriais e comerciantes. Essa sujeição abjeta aos comissários petistas é um dos elementos determinantes da revolução em curso. É a covardia e a conivência dos homens que têm poder e dinheiro para fazer frente aos leninistas que está viabilizando todo o processo. Não farão nada contra o PT. Assim, condenam o Brasil a passar pelos traumas que foram evitados por nossa elite durante o século XX.

Nunca é demais lembrar o relevante papel de Getúlio Vargas e do Marechal Castello Branco na contenção do perigo vermelho que ameaçava a Nação. Não parece haver ninguém com a estatura deles entre nós.” grifei – publicado no Mídia, 23.02.2010.

Alguém disse e eu concordo “in totum”, que esta é uma geração de fracassados do ponto de vista moral, ético e espritual que o Brasil já teve, onde ricos e milionários adulam o governo para obter as suas benesses cada vez mais enxertadas do dinheiro público, onde pobres e miseráveis recebem bolsas-esmola, em que esse grupos fecham os olhos para o avanço do totalitarismo estatal. Entre esses dois grupos uma classe média endividada, escorchada com altos impostos, em grande parte cega para o que está acontecendo por se preocupar mais em não se tornar mais pobre e desprovida de meios de sobrevivência dentro do contexto social, nunca atentando para os perigos que que rondam o país.

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