A base religiosa da humanidade - por Iran Rêgo

Jornal O Norte
19/05/2009 às 16:02.
Atualizado em 15/11/2021 às 06:59

Iran Rêgo


Médico Cardiologista

Sem dúvida Jesus constitui a base das religiões atuais do mundo. Mesmo as grandes religiões como o Budismo, que surgiu como uma das precursoras do Cristianismo, colocam para a humanidade os primeiros conceitos cristãos.

Jesus é um espírito muitíssimo evoluido, cuja distância de nós, em termos de evolução, se perde nas eras seculares. Pode-se dizer que é o Senhor da sabedoria e do amor, que orienta todo o desenvolvimento da humanidade terrena. Mentor, junto com engenheiros especiais, da elaboração geológica do próprio sistema solar. Antes da vinda de Jesus, outros AVATARES (espíritos missionários) vieram preparando a sua vinda.

O mundo, até a vinda de Jesus, se achava mergulhado nas religiões tradicionais, a maioria inspirada na tradição chinesa (Lao-Tse, Confúcio, entre outros); também a forte presença da influência das religiões da Índia, principalmente o Vedismo e o Bramanismo, que culminou com o Budismo. Esse último fruto de todo tradicionalismo indiano acrescentado pelo racionalismo positivista do Confucionismo. Soma-se a tudo isto a marcante presença do CULTO DOS MORTOS, herdado das religiões egípcias.

Vários são os espíritos que foram enviados como preparadores do “clima terrestre” para recebermos JESUS. Visando sempre o enaltecer de Deus, aprimoramento das Leis morais e divulgando o amor como base de toda religião. Esses “avatares”, sempre orientados e inspirados pelos Espíritos superiores, ressaltam nos seus ensinamentos “virtudes” que os homens devem assimilar para entenderem “Aquele que há de vir”.

Assim vieram, Fo-Hi, todos os copiladores dos VEDAS, Confúcio (com a introdução da prece e do raciocínio às religiões), Hermes, Pitágoras, Sócrates, Gautama e vários outros colocam para a humanidade conceitos que seriam referendados por JESUS. O “AMAI-VOS UNS AOS OUTROS”, já faz parte até da doutrina monoteísta de Amenofis IV e que mais especificamente era propagada pelo grande jurista essênio “HILLEL” que dizia: “O que não queres para ti, não façais aos outros, essa é a Lei, o resto é complementação”, (200 a.c.). Portanto a preparação, para quem estuda as religiões, foi evidente, acontecendo principalmente no período de 600 a 700 anos antes da grande vinda de Jesus de Nazaré.

A Lei Mosaica sem dúvida é a precursora direta dos Evangelhos de Jesus. Junto coloca no Monoteísmo a base religiosa, fato inédito para a época (a exemplo de Amenofis IV no Egito e Nabucodonosor na Ásia). O forte da Lei Mosaica é sem dúvida o DECÁLOGO, que passou até os dias de hoje ainda como critério cristão a ser seguido. Infelizmente, uma Lei (o decálogo) criada  há mais de 4000 anos ainda não é seguida por nós, demonstrando assim, como nos achávamos atrasados para receber tanta luz, através de Jesus. Porém junto com o Mosaismo também foi oficializado lendas e crueldades nos diversos livros do antigo Testamento, A grande virtude do Mosaismo foi a vulgarização dos conhecimentos religiosos que era exclusivamente dos Sacerdotes. Infelizmente isto voltou a acontecer após o século VI depois de Cristo com o advento do Papado.

Os Evangelhos ainda encontrarão, por algum tempo, a resistência das “trevas”. Mas tempo virá em que a sua ascendência será reconhecida, “após dias de flagelo e de provações coletivas”, conforme diversas profecias. É o Cristianismo marcante surgindo das mãos de Mateus, Marcos, Lucas e João, homens inspirados pelos mensageiros espirituais de Jesus, que colocam nas letras, as palavras do grande Mestre.

Surge o Paulo de Tarso que, contra a vontade da maioria dos apóstolos, vulgariza o Cristianismo a todos os povos “não circuncidados”. Desde Paulo a luta pelo Cristianismo enfrenta opositores nas suas próprias hostes. No lugar de pescadores humildes, grosseiros e quase analfabetos surgem sacerdotes engalanados em arminho e púrpura, época de heroísmo santificante e redentoras abnegações, as perseguições iniciadas por Nero e Tertuliano encontra na “Santa” inquisição as mais cruéis  flagelações para aos verdadeiros cristãos. Até 400 d.c. a igreja era pura e simples, depois do 1º Concílio de Nicéia, onde surge o primeiro cisma de Ário, tudo se complica, com avanço nítido do mal sobre o bem. Quando no século VII o imperador FOCAS nomeia BONIFÁCIO, o primeiro bispo universal vê-se a perda da simplicidade para a ostentação. A perda da introspecção santificada para a exteriorização do nada, em forma de rituais. Culmina em 1870 com a “infalibilidade papal”, o cúmulo do orgulho e do egoísmo.

O desaparecimento do verdadeiro Evangelho se acelera, pelo latim e rituais, pelo culto a imagens, pela canonização, pela confissão auricular, pelo celibato sacerdotal e principalmente pela criação das congregações que formam verdadeiras associações políticas, dentro da religião. Hoje, como diz Emmanuel “Não existe o selo divino nas instituições religiosas congregacionais. Toda força da igreja vem da sua organização política”.

O sentimento religioso é a base de todas as civilizações. O grande objetivo é unir-se a Deus pela fé religiosa e pela ciência. Essas duas devem completarem-se. “Nenhuma teoria cientifica, nenhum sistema político, nenhum programa de reeducação pode roubar do mundo a idéia de Deus e da imortalidade do se, pois são inatas no coração dos homens”. Religião é o sentimento divino que prende o homem ao Criador. As religiões são organizações dos homens, falíveis e imperfeitas como eles próprios. Algumas dignas de acatamento pela inspiração superior que as fez surgir, outras são desviadas pelo interesse criminoso do materialismo.

“A verdade um dia brilhará para todos, sem necessitar da cooperação de nenhum homem”. (Emmanuel – Chico Xavier)

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