Iran Ferreira
Repórter
onorte@onorte.net
Em alerta. É assim que deve permanecer a cidade de Montes Claros por causa da dengue. De acordo com o Centro de controle de zoonoses, a média de infestação do aedes aegypti é de 1,46%. Os dados são do LI – levantamento do índice de infestação do mosquito.
Agentes da Vigilância visitam bairros de Montes Claros
(foto: arquivo/ Wilson Medeiros)
Segundo o levantamento, realizado entre dias oito e doze de maio, para cada cem casas pesquisas 1,46 apresentou a presença das larvas do mosquito.
Somente nos quatro primeiros meses deste foram notificados 651 casos de dengue clássica no município, com 27 confirmados laboratorialmente. O estado de alerta segue nos parâmetros do ministério da Saúde.
INFESTAÇÃO DO MOSQUITO
De acordo com a pesquisa, em 85 bairros a situação está sobre controle. A infestação do mosquito foi inferior a 1%. Outros 67 bairros, o índice está entre um e 3,9%, caracterizando situação de alerta. Nos 19 bairros que apresentam índice de infestação do aedes aegypti superior a 3,9%, a situação é crítica.
LISTA
Os dados apontam que o bairro com o maior índice de infestação é a Vila João Gordo, com 7,5%, seguindo de: Vila Oliveira (6,48%), Cidade Cristo Rei (5,19), Morada do Sol (5,43%), Vila Guilhermina (5,07%) Vila Santa Maria (5,5%), Ibituruna (4,54%), Funcionários (4,67%), Jardim São Luís (4,31%), São José (4,0%), Alice Maia (4,34%), Vila Tupã (4,0%), Renascença (4,08%) e Alto São João (4,12%).
Os locais onde são encontrados os criadouros do mosquito com maior freqüência foram os depósitos para armazenamento de água ao nível do solo, como: tambor, tonel, tina e ralo para escoamento de água pluvial.
RECOMENDAÇÕES
De acordo com o coordenador do Programa municipal de combate a dengue, Edvaldo de Freitas, nesses casos, as recomendações são providenciar vedamento dos tambores, e limpeza semanal dos ralos, que podem também receber água quente duas vezes por semana. - Essas medidas contribuem para a eliminação dos focos do mosquito, muriçocas e escorpiões. Outra recomendação é a correta destinação do lixo a para coleta pública - explica o coordenador.
A DOENÇA
A dengue é uma doença febril aguda, causada por vírus, de evolução benigna, na forma clássica, e, grave, quando se apresenta na forma hemorrágica. A doença é hoje a mais importante arbovirose que afeta o homem e constitui um sério problema de saúde pública no mundo, especialmente nos países de clima tropical, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do mosquito Aedes aegypti, principal transmissor da dengue.
A doença tem uma duração de cinco a sete dias. De acordo com a OMS - Organização mundial da Saúde, 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente, em mais de 100 países, de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em conseqüência da dengue.
SINTOMAS
Os sintomas da dengue clássica são: febre, náuseas, vômitos, dor de cabeça. Já os sintomas da hemorrágica são caracterizados por febre alta, fenômenos hemorrágicos, hepatomegalia e insuficiência circulatória.
Segundo a dona de casa Maria Joaquina Soares, 36 anos, há dois dias ela não consegue fazer nada e suspeita estar com a doença.
- Sinto moleza pelo corpo. Não tenho vontade de fazer nada. Já fiz o exame, mas ainda não tenho os resultados, para confirmar ou se estou com dengue, conta a dona de casa Maria Joaquina.
PREVENÇÃO
De acordo com Edvaldo de Freitas, o controle de um inseto quanto o Aedes aegypti depende fundamentalmente da população.
- A comunidade deve estar mobilizada e consciente de suas responsabilidades para reduzir o risco de transmissão da dengue. Nós estamos realizando todas as medidas necessárias para controlar a doença - finaliza Edvaldo de Freitas.