Samuel Nunes


Repórter


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Ouvido por O Norte na manhã da última sexta-feira, o presidente do Sindicato dos Vigilantes do Norte de Minas, Carlos Antunes diz que provavelmente nesta segunda-feira a categoria vai deflagrar uma greve por tempo indeterminado. Ele justifica a greve pelo fato de o percentual de reajuste proposto pelas empresas de segurança ser de 3,8%, o que a categoria não concorda.

– Não concordamos com esse reajuste, pois o salário mínimo foi reajustado em 8% e a nossa categoria ao longo dos anos está perdendo benefícios.

Carlos Antunes salienta que atualmente 500 vigilantes em toda a região estão associados ao sindicato, sendo que o teto salarial é de pouco mais de dois salários mínimos. Ele diz que a categoria reivindica um reajuste salarial de 20%.

- Tudo é avaliado e tem que cada proposta tem que ser discutida.  

INDIGNAÇÃO

Carlos Antunes ressalta que a indignação da categoria é também sobre o salário hora que tem apenas um peso como referência, mas na prática a realidade é outra, pois o ganho do vigilante depende da carga horária trabalhada no mês.

– Por meio de uma assembléia vamos definir quais estratégias vamos tomar para o inicio da greve. Em Belo Horizonte e Uberlândia a greve tem inicio previsto para esta segunda-feira. O presidente do Sindicato dos Vigilantes do Norte de Minas, Carlos Antunes, explica que o piso da categoria atualmente é de R$ 790, por oito horas trabalhadas por dia, mais quatro horas nos sábados, mas como os bancos não funcionam neste dia, dividem-se oito horas pelos cinco dias da semana.

- Tem vigilante que ganha 50% a menos do que o piso tradicional, o que não pode continuar acontecendo. Os bancos não podem funcionar sem vigilante, e é bom deixar claro que a policia militar não pode fazer segurança dos bancos, pois isto não é tarefa do Estado, já que as algumas instituições bancárias são privadas.