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Sábado,9 de Agosto

Unimontes apresenta balanço anual de ações. Acadêmicos querem mais

Jornal O Norte
Publicado em 27/02/2010 às 12:53.Atualizado em 15/11/2021 às 06:22.

Luís Alberto Caldeira


Repórter



Com cartazes nas mãos, cerca de 30 alunos do curso de Odontologia da Unimontes – Universidade Estadual de Montes Claros se reuniram na manhã de sexta-feira, 26, em frente ao centro de ciências biológicas e da saúde (CCBS), prédio 6 do campus-sede, para pedir melhores condições de trabalho e estudos. Uma das principais reclamações, de acordo com o acadêmico do 9° período Luiz Henrique Rabelo Azevedo, dizia respeito à definição de salas fixas para as turmas do curso.



- A carência de salas para assistir as aulas chegou ao limite. Queremos também uma melhor estrutura nas clínicas, pois equipamentos estão quebrados e falta um banco de instrumental – protesta.



Ainda segundo Luiz Henrique Azevedo, que também é membro do centro acadêmico de Odontologia da universidade, foi decidido que, em conjunto com professores, as atividades do curso estariam paradas até esta segunda-feira, quando seria elaborado um documento à reitoria com reivindicações.



- Esta briga é antiga, e vem desde 2004. A única forma de conseguir ser ouvido foi esta paralisação – ressalta.



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Acadêmicos de Odontologia paralisam aulas para pedir


melhorias ao curso.



Mais cedo, no centro de pós-graduação, anexo recém construído ao prédio da Fadenor – Fundação de apoio ao ensino superior do Norte de Minas, o reitor professor Paulo César Almeida e o vice-reitor João dos Reis Canela apresentaram relatório de gestão de dezembro de 2008 e dezembro de 2009 do atual reitorado em café da manhã com a imprensa. Apesar dos avanços nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, o reitor reconheceu que problemas existem e citou as demandas de espaço físico e reajuste salarial aos servidores técnico-administrativos.



- Nós nunca podemos contar inteiramente por satisfeitos. Temos que estar sempre incomodados – disse.



Em resposta aos acadêmicos do curso de Odontologia, o professor Paulo César Gonçalves de Almeida, que também é jornalista, afirmou reconhecer o direito democrático da manifestação e que está sensível à reivindicação.



- Eu também já fui estilingue e crítico de outros reitores. A Unimontes é uma instituição pública e o papel da imprensa é vigiar. Se eu mascarasse esses problemas, estaria indigno de retornar à imprensa – lembrou o reitor, que, em dezembro deste ano, deixa o cargo ocupado na Unimontes desde 2002.



- O processo de consolidação de uma universidade é permanente, assim como são as demandas da comunidade acadêmica. Dessa forma, estamos trabalhando para a busca de uma solução. O pleito está sendo analisado, assim como estão sendo avaliadas as alternativas de solução – completou.



O reitor Paulo César Gonçalves de Almeida enalteceu ainda o trabalho realizado pela imprensa montes-clarense e agradeceu pelo apoio recebido nos últimos anos.



- Como seria tormentoso se eu não tivesse a compreensão e a generosidade de vocês. Poucos dirigentes da cidade contaram com tanta interlocução e cumplicidade – observou.



(FOTOS LUÍS ALBERTO CALDEIRA)


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Vice-reitor João Canela e reitor Paulo César Almeida


destacam apoio da imprensa à Unimontes nos últimos 7 anos
.



Ele ainda destacou a corrente de oração realizada por jornalistas em nome da recuperação de seu filho, André Felipe, 26 anos, que, em novembro do ano passado, sofreu traumatismo craniano após cair de uma cachoeira em Milho Verde, distrito de Diamantina.



- Quando todos os médicos apontavam o óbito, vocês acreditaram. Esse episódio me corrigiu muito e só me fez reafirmar a crença em Deus. Às vezes, damos tanto valor a picuinhas, rancor, despeito, inveja. E um simples sorriso pode ser maior que tudo isso – frisou.



Por sua vez, o professor João Canela evidenciou a importância dos profissionais da imprensa para a sociedade como exemplo inquestionável do exercício da democracia. Enalteceu os comunicadores como parceiros indispensáveis da Unimontes, em especial nos últimos 7 anos de reitorado, seja na divulgação de suas ações ou, ainda, ao vislumbrar novas conquistas para a oferta de um ensino superior cada vez de melhor qualidade. Ao mesmo tempo, considerou esta relação como um desafio permanente, para se fazer sempre o melhor nos serviços que a Unimontes desenvolve para a comunidade regional.



UNIMONTES EM NÚMEROS



Em 2009, a Unimontes ofereceu 51 cursos regulares de graduação, 46 à distância, 5 modulares, 28 especializações lato-sensu, 7 pós-graduações stricto-sensu, e 12 cursos de ensino médio e fundamental, possibilitando a formatura de 11.090 estudantes. O corpo docente foi composto por 384 mestres, 136 doutores, 148 mestrandos, 140 doutorandos, 771 especialistas e 32 graduados. O corpo técnico-administrativo foi composto por 1.452 servidores. Em ações de ensino, pesquisa e extensão, 382 municípios foram atendidos pela universidade.

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